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(Foto: Antonio Neto/Embrapa/Divulgação)

 

 

A Embrapa anunciou nesta quarta-feira (14/4) que o Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) certificou o primeiro laboratório de pesquisa público brasileiro apto a realizar análises de inoculantes e identificação de microrganismos.

Segundo a estatal, a acreditação do Laboratório de Biotecnologia do Solo da Embrapa Soja na norma ISO 17025:2017, formalizada em março, terá impacto positivo para o mercado de insumos biológicos e pode abrir portas para a exportação de bioinsumos pela indústria.

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Foram acreditados quatro ensaios biológicos, incluindo a avaliação da concentração e da pureza de inoculantes líquidos e turfosos, de recuperação de células inoculadas nas sementes e de identidade de microorganismos inoculantes.

“Essa conquista é relevante porque os relatórios de ensaios referentes às análises são reconhecidos internacionalmente”, afirma o gestor de qualidade da Embrapa Soja, Moisés de Aquino.

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Assim, a Embrapa Soja passa a compor o grupo de laboratórios internacionais com acreditação para garantir a produção de bioinsumos. E o reconhecimento vem em um momento em que o mercado de insumos biológico está em franco crescimento, tendo comercializado mais de 70 milhões de doses de inoculantes na última safra.

“Estamos muito felizes com a acreditação, que dá ainda mais destaque à Embrapa como empresa que zela pela pesquisa e conservação de microrganismos, desenvolvimento e análise de bioinsumos”, destaca Mariangela Hungria, pesquisadora da Embrapa Soja.

Um inoculante biológico é um produto que contém microorganismos que ajudam no desenvolvimento das plantas. No entanto, apenas aqueles que são validados pela pesquisa e autorizados pelo Ministério da Agricultura podem ser utilizados na fabricação dos defensivos. 

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De acordo com o especialista em identificação de microrganismos, Renan Ribeiro, é necessário sempre confirmar que os produtos contêm os microorganismos desejados. Eles precisam estar “isentos de contaminantes que podem trazer riscos à saúde humana, animal e fitossanitária e garantir a propriedade intelectual e industrial”. E este método de certificação também foi acreditado pelo Inmetro na norma ISO 17025:2017.

Embora as pesquisas levem anos para identificar um microrganismo promissor para a agricultura e validar sua eficiência no campo, seus benefícios para o agronegócio têm se mostrado cada vez mais perceptíveis.

Apenas a inoculação da soja com bactérias fixadoras de nitrogênio, por exemplo, faz com que o Brasil economize cerca de US$ 14 bilhões por ano, que deixam de ser gastos com fertilizantes nitrogenados.

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Source: Rural

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