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(Foto: Wikipedia)

 

 

 

É consenso a preocupação em todas as regiões com os avanços da Covid-19. Muitas empresas da indústria de Flores, Frutas, Legumes e Verduras, que já tinham retomado as atividades em escritório, estão retornando ao home office. No campo, a produção está normal apesar de alguns problemas com variação climática.

A preocupação com a sociedade brasileira e o seu empobrecimento deram um forte alerta ao segmento, pois o consumidor, apesar de buscar produtos que promovam a saudabilidade e aumento de imunidade, reduz o consumo quando o preço chega a um teto de gastos. O varejo precisa traçar estratégias semanais para atender à demanda do cliente em loja e no e-commerce, promovendo produtos de safra e com preços compatíveis.

Uma preocupação dos produtores é com o alto custo dos insumos e embalagens, que sofreu aumento médio de 30% do valor na matéria-prima. A escassez de embalagens plásticas, papelão e também vidro tem levado as empresas a anteciparem negociações e a rever alternativas. Lembrando que esse problema não afeta só o FFLV, mas diversos segmentos da economia.

As importações estão com dificuldades pelo aumento do câmbio, refletindo no consumo. Em compensação, as exportações de frutas registraram aumento na demanda de novos mercados e dos tradicionais já atendidos na Europa, principalmente.

Um segmento de FFLV que se mantém em alta é o orgânico. Depois da queda de 15% no consumo, no final de ano passado, em janeiro/2021 já apresentou uma forte retomada e a demanda continua crescente. Um novo movimento é a procura do mercado por exportação de frutas orgânicas brasileiras, provavelmente também impulsionada pela alta do dólar, porém ainda faltam produtos.

O segmento de flores se reinventou, com a ajuda do varejo e teve uma recuperação parcial com aumento na venda de plantas ornamentais e hortas caseiras, mas o segmento de flores de corte continua sofrendo pelo cancelamento de eventos corporativos, festas e até velórios.

De qualquer forma, não existe céu de brigadeiro. Como já comentado anteriormente, o setor produtivo sofre com aumento de insumos e não tem como repassar os custos. Logo, as margens estão menores.

O que vem pela frente ninguém sabe, mas a resiliência da indústria de Frutas, Flores, Legumes e Verduras, em especial no Brasil com vários desafios, vai garantir o abastecimento, à espera de dias melhores para o Planeta.

*Valeska de Oliveira é representante no Brasil da PMA (Producer Marketing Association), entidade que representa a indústria de flores, frutas, legumes e verduras – www.pma.agr.br

As ideias e opiniões expressas neste artigo são de responsabilidade do seu autor e não representam necessariamente o posicionamento editorial da revista Globo Rural.
Source: Rural

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