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Fazenda da SLC (Foto: Divulgação)

 

Com 40% da produção da safra 2021/2022, que sequer foi plantada, já vendida, a direção da SLC Agrícola reforçou nesta quinta-feira (18/3) que as mudanças no mercado mundial de milho e a melhoria na infraestrutura para escoamento da safra no Mato Grosso tornaram o cereal brasileiro um “produto de exportação” e que “se o mercado interno não ficar atento, vai ter que pagar preço de paridade de importação”.

“Na prática, o que acontece com essa possibilidade de fazer exportação futura de milho, o que era raro no passado, o mercado vai ter que se atentar a isso ou senão vai ficar sem milho”, destacou o diretor financeiro da SLC Agrícola, Ivo Marcon Brum.

A Companhia registrou um lucro líquido de R$ 510,9 milhões no último ano, crescimento de 62,2% ante o observado em 2019. O resultado é atribuído a um aumento de produtividade acima da média nacional, redução dos custos em dólar e à alta nos preços internacionais do milho e das demais culturas mantidas pela empresa: soja e algodão.

“O Brasil hoje é muito competitivo na exportação de milho, virou um exportador importante de milho e logo logo vai competir com os americanos em termos de volume exportado, é só uma questão de aumentar a produção”, destacou o diretor-presidente da SLC Agrícola, Aurelio Pavinato.

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Segundo dados do Ministério da Agricultura, o país exportou 34,4 milhões de toneladas de milho 2020, volume que só não foi maior por falta de produção, avalia o executivo. “A China, que não importava, este ano vai importar 25 milhões de toneladas. Os EUA produzem de 360 milhões a 380 milhões de toneladas, mas consomem 300 milhões de toneladas”, completou.

Além da demanda chinesa, ele ressalta que a melhoria da infraestrutura de exportação após a pavimentação da BR-163 e a desvalorização cambial também fomentam o fechamento antecipado de negócios. “A indústria nacional de etanol e de carnes do Mato Grosso também estão crescendo e ambas geram uma demanda de consumo o ano todo. Com isso, na entressafra, dependendo do ano, se você exportar bastante, acaba sobrando pouco para oferta no mercado interno e acaba tendo escassez”, explicou o executivo ao praticamente descrever o cenário atual do mercado interno de milho.

Assim como a soja, ele acredita que os preços internacionais do grão devam se manter nos patamares atuais devido ao aumento expressivo da demanda internacional e à queda na produção de importantes países – entre eles EUA e Argentina. “A observação que eu posso fazer é que não tem espaço para quebra de safra. Se for safra cheia nos EUA este ano, na Argentina e no Brasil ano que vem, o preço talvez siga o que está na tela hoje e talvez volte para US$ 11 ou US$ 12 o bushel no preço spot. Mas numa eventual quebra de safra novamente, o preço se sustenta nos patamares de hoje [de US$ 14 o bushel]”, avaliou Pavinato ao comentar os preços da soja em Chicago.
Source: Rural

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