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(Foto: Globo Rural)

 

O País registrou um abate recorde de seis bilhões de cabeças de frango em 2020, aumento de 3,3% em relação a 2019, o equivalente a 190,8 milhões de aves a mais, segundo os dados das Pesquisas Trimestrais do Abate de Animais, do Leite, do Couro e da Produção de Ovos de Galinha, divulgados nesta quinta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Essa foi o primeiro crescimento na atividade após dois anos seguidos de queda.Ao longo de 2020, houve reduções no abate em relação ao mesmo período de 2019 apenas nos meses de maio (menos 29,0 milhões de cabeças) e agosto (menos 177,0 mil cabeças). Os destaques foram os avanços ocorridos em março (mais 61,7 milhões de cabeças) e dezembro (mais 53,2 milhões de cabeças).

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O abate de suínos cresceu em 2020 em 18 das 25 Unidades da Federação. Os aumentos foram mais relevantes no Paraná (mais 115,5 milhões de cabeças), Mato Grosso do Sul (mais 21,8 milhões de cabeças), Minas Gerais (mais 19,52 milhões de cabeças), São Paulo (mais 16,8 milhões de cabeças), Goiás (mais 8,6 milhões de cabeças), Bahia (mais 7,9 milhões de cabeças), Pernambuco (mais 5,9 milhões de cabeças), Santa Catarina (mais 2,7 milhões de cabeças) e Rio Grande do Sul (mais 1,4 milhões de cabeças).

Houve quedas importantes em Mato Grosso (menos 11,1 milhões de cabeças) e Pará (menos 5,6 milhões de cabeças).O Paraná manteve a liderança do ranking de abate de frangos em 2020, com 33,4% de participação nacional, seguido por Santa Catarina (13,7%) e Rio Grande do Sul (13,6%).

No quarto trimestre de 2020, o País registrou um abate de 1,6 bilhão de cabeças de frango, novo recorde na série histórica iniciada em 1997, o equivalente a um aumento de 5,6% em relação ao mesmo período de 2019. Na comparação com o terceiro trimestre de 2020, houve crescimento de 2,6%."Como o desempenho das exportações de carne de frango não se destacou nesse trimestre, podemos considerar que boa parte desse aumento foi destinado ao consumo interno", apontou o IBGE.

Ovos

A produção nacional de ovos de galinha alcançou um recorde de 4,0 bilhões de dúzias em 2020, um aumento de 3% em relação ao ano anterior, segundo os dados das Pesquisas Trimestrais do Abate de Animais, do Leite, do Couro e da Produção de Ovos de Galinha, divulgada nesta quinta-feira, 18, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Ao longo de 2020, houve recuo na produção de ovos em relação ao mesmo período do ano anterior apenas nos meses de novembro (menos 3,1 milhões de dúzias) e outubro (menos 766 mil dúzias). O destaque positivo ocorreu em fevereiro (mais 20,1 milhões de dúzias).

"O resultado foi influenciado pelo aumento do consumo do produto em meio à recessão instaurada por conta da pandemia, por se tratar de uma proteína de valor mais acessível em comparação às carnes. Por outro lado, houve incremento significativo nos custos de produção do setor", justificou o IBGE.

Em 2020, houve aumento na produção em 18 das 26 Unidades da Federação com granjas enquadradas no universo da pesquisa. Os aumentos mais expressivos ocorreram em São Paulo (mais 25,3 milhões de dúzias), Santa Catarina (mais 16,0 milhões de dúzias), Bahia (mais 13,8 milhões de dúzias), Mato Grosso (mais 12,5 milhões de dúzias), Mato Grosso do Sul (mais 11,8 milhões de dúzias) e Paraná (mais 11,5 milhões de dúzias).

As perdas mais relevantes foram as de Goiás (menos 6,8 milhões de dúzias) e Minas Gerais (menos 6,7 milhões de dúzias). São Paulo manteve a liderança no ranking da produção de ovos, com 28,9% do total nacional, seguido pelo Paraná (9,1%), Espírito Santo (9,1%) e Minas Gerais (8,9%). A Região Sudeste detém 47% da produção de ovos do País.

"O cruzamento de informações cadastrais das granjas, com os dados apurados no ano de 2020, possibilitou contabilizar a quantidade de granjas e de ovos produzidos, segundo a finalidade da produção (consumo e incubação). Verificou-se que mais da metade das granjas (1.109 ou 55,2%) produziram ovos para o consumo, respondendo por 80,7% do total de ovos produzidos, enquanto 900 granjas (44,8%) produziram ovos para incubação, respondendo por 19,3% do total de ovos produzidos", apontou o IBGE.

No quarto trimestre de 2020, a produção de ovos de galinha totalizou 990,4 milhões de dúzias, um ligeiro recuo de 0,1% em relação ao quarto trimestre de 2019. Na comparação com o terceiro trimestre de 2020, houve queda de 2,6%."O setor foi impactado pela elevação dos preços dos insumos e pelo excesso de oferta, que mitigou o repasse dos custos ao consumidor. Ainda assim, o 4º trimestre de 2020 apresentou a 3ª maior produção e o melhor mês de dezembro da série histórica iniciada em 1987", completou o IBGE.
Source: Rural

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