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Por ano, a pecuária brasileira acumula perdas com o carrapato que chegam a R$ 10 bilhões, segundo dados do Ministério da Agricultura (Foto: Decoy/Divulgação)

 

Mais avançado na agricultura, o controle biológico de pragas e doenças dá os primeiros passos na pecuária, com espaço ainda maior para crescimento e atuação de empresas que desenvolvem soluções para o segmento. Diante deste cenário, desde o ano passado, a startup Decoy vem testando um produto para controle biológico de carrapatos em rebanhos, o que é feito em parceria com os próprios pecuaristas.

Com isso, a empresa vem conseguindo apoio, inclusive financeiro, para custear o desenvoliumento de sua solução. Segundo o CEO e fundador da startup, Lucas von Zuben, apesar dos desafios enfrentados por causa da pandemia do coronavírus no ano passado, que impôs a criação de novas estratégias de trabalho em campo, as parcerias com os produtores tem sido fundamentais.

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O produto para controle biológico do carrapato desenvolvido pela startup ainda não pode ser comercializado porque está pendente a aprovação de seu registro por parte do Ministério da Agricultura. O que é feito hoje é o pecuarista testar a solução e, em troca, oferecer um valor, que, de acordo com os desenvolvedores, é usado para o desenvolver a tecnologia. No ano passado, a Decoy conseguiu R$ 1,66 milhão, montante 5,5 vezes superior ao conseguido em 2019, de R$ 291,5 mil.

Controle biológico em carrapato (Foto: Decoy/Divulgação)

“Nossos parceiros contribuem com uma ajuda de custo para terem acesso à tecnologia e, em troca, temos os resultados com o produto aplicado em campo e fazemos o aprimoramento dele, afinando esse contato. A previsão é ter o registro ainda este ano e, aí sim, a gente começa a expandir”, salienta o CEO.

Desde a fundação, em 2015, a startup já atendeu mais de 100 mil cabeças nos estados de São Paulo, Minas Gerais e, principalmente, Rio Grande do Sul, onde o problema com carrapato é maior para os pecuaristas. Dessas, mais da metade foram no ano passado.

“A gente se insere no contexto do controle biológico. Já é uma realidade na agricultura que veio para ficar, mas ainda tem muito espaço na produção animal. Isso só reafirma o sucesso do controle biológico como solução tecnológica”, acrescenta.

A startup já recebeu R$ 1,8 milhão em investimentos privados desde que foi fundada. No ano passado, captou R$ 810 mil em recursos da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).

As soluções no controle biológico para animais são desenvolvidas em um laboratório de 80 metros quadrados no Supera Parque de Inovação e Tecnologia, no campus da USP em Ribeirão Preto.
Source: Rural

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