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Pastejo rotacionado, com manejo correto, pode garantir alimentação volumosa para o gado o ano todo (Foto: Carlos Maurício de Andrade)

A partir de imagens via satélite e critérios como área para formação dos piquetes, tempo de permanência e de descanso em cada um deles, além do número de animais, o técnico da Emater-MG (Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais) Elson de Castro desenvolveu uma planilha para calcular áreas de pastejo rotacionado para agilizar o atendimento a pecuaristas interessados no manejo.

“Antes, para fazer um projeto de pastejo rotacionado, era preciso ir até a propriedade, medir a área de pastagem disponível, ver quantas cabeças de gado o produtor tinha, fazer vários cálculos na calculadora”, conta Castro, de acordo com o divulgado pela Emater.

De acordo com a instituição, o trabalho desenvolvido em Laranjal, município da Zona da Mata mineira e venceu a modalidade regional de um concurso interno que reconhece o trabalho de funcionários. Esse reconhecimento indica a possibilidade de replicar a experiência em outros municípios onde a estatal atua.

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Castro explica que a primera etapa é identificar a necessidade do produtor, de acordo com a sua área disponível e quantos animais pretende alimentar. "Ainda no escritório, pedimos para o produtor localizar sua área disponível no programa Google Earth PRO e qual forrageira deseja implantar no projeto. Jogamos todos os dados na planilha que irá calcular automaticamente o número de piquetes, quantidade ideal de animais por piquete e a área de cada piquete”, detalha, conforme o divulgado pela Emater-MG.

Com base nas informações geradas pelo programa , o técnico desenha o sistema de pastejo rotacionado a ser adotado na fazenda. “Geralmente, eu levava um dia fazendo este trabalho, quando precisava ir até a propriedade. Agora levo cerca de 40 minutos no escritório para entregar tudo pronto para o produtor”, afirma.

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No pastejo rotacionado, o gado se desloca a cada dia entre pequenas áreas cercadas durante a alimentação. Os animais circulam até o capim estar no ponto ideal para consumo, sem comprometer a rebrota. Com a técnica, é possível garantir alimentação volumosa para o rebanho o ano todo, desde que haja adubação adequada e irrigação nos períodos de seca. As recomendações de fertilização são feitas de acordo com cálculos em planilhas de interpretação de análise de solo.

Elson de Castro já utilizou o sistema de cálculo que criou para a implantação de dez projetos de pastejo rotacionado em Laranjal e outros dez no município vizinho de Barão do Monte Alto. E a Emater usa a ferramenta em outras regiões do estado.

“Este projeto vai ao encontro da proposta da Emater de usar cada vez mais a tecnologia da informação. Estamos otimizando o trabalho do técnico, diminuindo custo para a empresa e, com isso, sobrando mais tempo para desenvolver outras ações”, pontua o técnico.
Source: Rural

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