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(Foto: Divulgação/MAPA)

 

 

Diante do forte aumento da demanda mundial por milho, impulsionada principalmente pelo aumento do consumo na China, o governo brasileiro quer incluir mecanismos que estimulem o plantio do cereal no próximo Plano Safra, que será anunciado em julho deste ano. “Estamos já em adiantadas conversas com o Ministério da Economia, com o Banco Central e com as entidades de classe, discutindo um novo plano safra, em que o nosso desafio é produzir mais”, destacou a ministra da agricultura, Tereza Cristina, em evento transmitido pelo banco BTG Pactual.

A ministra não especificou como será o incentivo, mas ressaltou que ele “virá de maneira bem clara” e incluirá outras culturas, como o sorgo. “É uma commodity que será muito importante, cada vez mais, não só na área de alimentos, mas também de biocombustíveis. Então nós temos trabalhado isso aqui praticamente todos os dias”, observou Tereza, ao lembrar que a alta nos preços das commodities é um fenômeno global, que levou o mercado internacional a um novo patamar.

“Estamos vivendo um momento atípico mundial. Temos cada país montando sua estratégia de proteção, seja ela na parte de alimentos, energia, combustíveis. Então é um ano que temos que acompanhar e ser ágeis para que se as políticas públicas possam ser rapidamente implementadas para trazer esse equilíbrio para que a população não sofra muito”, completou a ministra. Num cenário de aperto fiscal, contudo, ela descartou o uso de recursos públicos na estratégia brasileira para lidar com a inflação dos alimentos, como a aquisição de estoques.

“A gente trabalha com um horizonte curto. Primeiro porque temos um problema de caixa do governo e não podemos furar o teto. Temos que trabalhar uma disciplina fiscal, da qual o ministro Paulo Guedes é o guardião, e achar mecanismos que minimizem esses efeitos – e os mecanismos de mercado que puderem ser usados, todos eles serão”, destacou Tereza ao lembrar as recentes aberturas do país à importação de grãos como soja, milho e arroz.
Source: Rural

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