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(Foto: AFP)

 

 

 

Segunda maior processadora de carne bovina do Brasil, a Marfrig ampliou em cerca de 30% o monitoramento de seus fornecedores na Amazônia em 2020, ano em que o bioma foi alvo de uma série de críticas e pressões internacionais devido ao aumento do desmatamento.

Segundo números divulgados pelo diretor de sustentabilidade e comunicação da companhia, Paulo Pianez, 62% dos pecuaristas que venderam animais direta ou indiretamente aos frigoríficos da Marfrig no bioma foram monitorados no último ano ante cerca de 48% em 2019.

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“Ao longo do ano passado, mais os esforços que foram feitos principalmente nos últimos três meses, a gente conseguiu elevar esse nível de identificação na Amazônia e já estamos em 42% também no Cerrado”, detalhou o executivo ao anunciar um financiamento de US$ 30 milhões da companhia junto a um fundo internacional para desenvolver mecanismos de rastreabilidade nos dois biomas.

De acordo com Pianez, a Marfrig possui cerca de 30 mil fornecedores diretos no Cerrado e na Amazônia, podendo chegar a 330 mil quando considerados os indiretos.

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O monitoramento de fornecedores indiretos é parte de um compromisso firmado pela empresa ainda em 2009, mas ganhou força no ano passado – quando o aumento do desmatamento no bioma elevou as pressões internacionais sobre empresas agropecuárias que atuam na região.

Foi nesse contexto que a empresa anunciou, em junho último, um plano para eliminar o desmatamento da sua cadeia de fornecimento no Amazônia e no Cerrado até 2030 com um investimento total de US$ 500 milhões.

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“O desafio não é a tecnologia, o desafio é o engajamento do produtor e a identificação ao longo da cadeia. De uma cadeia que é complexa, não verticalizada e que não tem contrato formal com a companhia”, ressalta o diretor de sustentabilidade e comunicação da Marfrig.

Para obter o financiamento de US$ 30 milhões, anunciado na quarta-feira (24/2), a companhia comprometeu-se a seguir um plano de ação que inclui aprimorar os critérios de sustentabilidade na compra de gado nos dois biomas ainda este ano com base em mapeamentos de risco elaborados a partir de informações públicas de desmatamento e crimes ambientais.

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É com base nesse levantamento que a Marfrig buscará se aproximar dos pecuaristas onde há mais risco de desmatamento para, a partir do diagnóstico dos problemas locais, propor ações que promovam a regularização social, ambiental e fundiária desses fornecedores.

“O que não existia era a possibilidade de se ter um approach como esse. Ou pelo menos não tínhamos identificado que poderia ter esse tipo de approach. O approach anterior que  tentamos não foi suficiente. Mas a gente acredita que agora temos o melhor caminho para que se possa efetivamente fazer a rastreabilidade ao longo da cadeia tanto no Cerrado quanto na Amazônia”, conclui Pianez.
Source: Rural

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