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(Foto: Ernesto de Souza/Ed. Globo)

 

Representantes de cooperativas agropecuárias estiveram reunidos no fim da tarde da quinta-feira (18/2) com a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, e outros integrantes do governo para debater o Plano Safra 2021/22, que compreende a temporada entre julho de 2021 e junho do próximo ano.

Cooperativas pensam em pedir ao governo pelo menos R$ 250 bilhões em recursos ante os R$ 236,3 bilhões disponibilizados no ciclo 2020/21. "Empresas e cooperativas precisarão de montante maior de capital para giro dos negócios", disse o coordenador do ramo agropecuário da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Luiz Roberto Baggio.

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Citando a maior produção na temporada e a alta dos insumos, ele calcula que a agricultura brasileira "precisaria hoje de R$ 900 bilhões para financiamento". A proposta oficial das cooperativas será enviada ao governo em 10 de março. Entre as ideias defendidas, está um maior direcionamento de recursos para pequenos e médios produtores.

"As cooperativas precisam de volume maior de recursos, especialmente de aporte nas linhas relacionadas a investimentos para viabilizar a ampliação de agroindústrias e plantas", disse Baggio, que também preside a cooperativa Bom Jesus, do Paraná.

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Outra preocupação levada ao governo se refere a linhas de crédito para apoio à comercialização dos produtores. Segundo Baggio, após o encontro de quinta-feira – realizado de maneira virtual e que durou mais de duas horas -, a proposta das cooperativas agropecuárias será finalizada.

Para ele, a reunião tinha como objetivo apresentar as preocupações das cooperativas com a política pública de crédito e entender o projeto do governo para o financiamento da próxima safra. "Entendemos também o momento do governo com orçamento apertado, enfrentando pandemia. Foi uma boa conversa com profundidade e abertura dos dois lados", avaliou Baggio.

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Também participaram do encontro o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, o diretor de fiscalização do Banco Central, Paulo Sérgio Neves de Souza, o diretor de regulação do Banco Central, Otávio Ribeiro Damaso, o secretário de política agrícola do Ministério da Agricultura, César Halum, o secretário-adjunto de agricultura familiar e cooperativismo, Márcio Cândido, e o diretor de crédito e informação, Wilson Vaz de Araújo.
Source: Rural

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