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Vinhos em lata podem ser consumidos na piscina e na praia(Foto: Vivant Wines/Divulgação)

 

Praticidade, versatilidade e capacidade de atender a todos os gostos são as características que têm aproximado o consumo do vinho em lata pelos brasileiros. A Vivant Wines, empresa pioneira do setor no Brasil, encerrou 2020 com um faturamento de R$ 6 milhões, 500% maior do que em 2019, seu primeiro ano no mercado brasileiro.

Desde janeiro de 2019, mais de meio milhão de latas foram vendidas, o que corresponde a aproximadamente 150 mil litros da  bebida. Os vinhos são produzidos na vinícola Quinta Don Bonifácio, em Caxias do Sul (RS), que está presente há quase 20 anos de mercado.

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Presente nas principais redes de supermercados de 25 Estados e no e-commerce, a marca pretende vender cerca de três milhões de latas até dezembro. Outra meta é faturar R$ 23 milhões até o fim de 2021 – quase quatro vezes mais do que no ano passado.

Cada latinha, de 269 mililitros, custa cerca de R$ 13 em supermercados e e-commerces, enquanto em bares e restaurantes são encontradas por cerca de R$ 18.

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A marca conta com os rótulos tinto (Cabernet/ Merlot), branco (Chardonnay) e rosé (Syrah/ Pinot noir). Pensando no verão, a empresa lançou em 2020 os frisantes, bebidas mais leves e versáteis, que se encaixam nas mais variadas ocasiões.

O rosé é um blend das uvas Chardonnay e Pinot Noir com teor alcoólico de 12%. O branco é feito com uvas Moscato, de paladar mais adocicado. O teor alcóolico é de 7,5%.

CEO da Vivant, Alex Homburguer atribui o sucesso dos vinhos em lata no Brasil a diversos fatores, como a qualidade e praticidade. “A grande maioria das pessoas que prova gosta e se surpreende. Além disso, o vinho em lata é a cara do Brasil, das nossas praias e festividades. Então, acho que, nesse cenário, o produto se encaixa muito bem”, diz.

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Segundo ele, a missão da marca não é substituir a garrafa, mas sim, descomplicar a bebida, agregando praticidade aos momentos em que o vidro não se encaixa tão bem, em ocasiões como piscina, praias e festas.

“No Brasil, temos um consumo de vinho per capita muito inferior em relação a outros países. E a gente começou a perceber que isso se dava muito a uma questão cultural. Aqui acabou se criando um misticismo em volta do mundo do vinho que mais afasta do que aproxima as pessoas dessa categoria, porque dá a impressão que, para beber vinho, preciso entender de vinho, conhecer os aspectos técnicos, os jargões e as linguagens. O que fizemos foi descomplicar e desmistificar esse mundo”, afirma o executivo.

Em 2021, a empresa aposta na exportação para países da América do Norte e do Sul, além da inauguração de um quiosque na praia de Ipanema, no Rio de Janeiro. Outro foco é o investimento nos canais digitais para o e-commerce e delivery, já que essas plataformas representaram 30% do faturamento da empresa em 2020.

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Oportunidade na pandemia

A pandemia do coronavírus abriu oportunidade de mercado para esse novo conceito de produto. A Lovin Wine, uma marca essencialmente digital, surgiu durante a pandemia, em julho de 2020, alinhada à tendência mundial de consumo de produtos em lata e com o propósito de simplificar – e desmistificar – o consumo de vinho no país. 

Somente no mês de lançamento, a marca zerou o seu primeito estoque, de 15 mil latas. Segundo a head de marketing da empresa, Maria Eduarda Brenner de Moraes, a expectativa é de um crescimento de 100% no volume de vendas em 2021 em comparação com o ano anterior e ampliar o portfólio atual. 

Com o slogan "Keep it simple", a marca oferece duas variações de vinho, produzido também no Rio Grande do Sul: Lovin Wine White e Lovin Wine Rose. O primeiro é a versão de vinho branco, com aromas e sabores refrescantes de frutas cítricas e brancas, com toques florais.

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O segundo é o rosé, com aromas intensos de frutas frescas de casca avermelhada e toque floral de rosas. Ambos são levemente gaseificados (frisantes) e a recomendação é que sejam consumidos bem gelados para garantir uma melhor experiência.

"Nosso formato disruptivo certamente é porta de entrada para que pessoas que habitualmente não consumiriam vinhos, passem a experimentá-lo. E aos adoradores da bebida, é um novo formato com garantia de qualidade. Os rituais que envolvem o consumo em geral da bebida – saca rolhas, taças – fazem com que outras opções sejam mais atrativas em determinados contextos e é exatamente essa barreira que quebramos", afirma Maria Eduarda. 

Insumos

Segundo Homburguer, apesar do crescimento alcançado em 2020, o ano foi de desafios para a cadeia produtiva em razão da carência de insumos como latas de alumínio e papelão.

“A cadeia de suprimentos foi desafiadora porque foi um ano de demanda muito acima do esperado, não só de vinhos, mas de latas de alumínio. E, como elas têm precificação em dólar e a moeda disparou bastante, o preço da lata aumentou. Mas conseguimos nos organizar em outras etapas da cadeia para garantir que não precisássemos repassar o custo aos consumidores”, explica.

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Outra questão foi em relação as caixas de papelão. Em alguns meses, chegou a ser o item em maior falta no Brasil. “A gente teve que se desdobrar para buscar fábricas de papelão que atendessem à nossa demanda e comprar de diversos fornecedores que não comprávamos antes. Mas não tivemos ruptura de produtos, conseguindo atender a todos os pedidos”, salienta o executivo.

A Lovin Wine já inaugurou as atividades tendo que se adequar ao contexto de escassez de matéria-prima e também precisou buscar novos fornecedores. "Mitigamos as adversidades com planejamento e atenção à escassez de matérias-primas, especialmente alumínio. e ampliamos nossos relacionamentos com fornecedores para garantir os insumos", destaca a head de marketing da empresa.
Source: Rural

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