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(Foto: Getty Images)

 

Faltando 80 dias para o encerramento da Operação Verde Brasil 2, que combate crimes ambientais na Amazônia, o vice-presidente Hamilton Mourão anunciou nesta quarta-feira (10/2) que a ofensiva militar não será prorrogada.

Ele também detalhou as linhas gerais do Plano Amazônia 21/22 que, a partir de 30 de abril, deve substituir a operação coordenada pelo Ministério da Defesa desde maio de 2020 do ano passado na região.

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Segundo Mourão, um dos eixos de atuação do Plano Amazônia é concentrar esforços em regiões onde os crimes ambientais são mais comuns. “Levantamos que 70% do desmatamento, ou dos crimes ambientais, ocorrem em 11 municípios que elencamos como área prioritária”, declarou o vice-presidente.

Ele não informou quais são os 11 municípios, mas revelou que sete deles ficam no Pará, um em Rondônia, dois no Amazonas e um em Mato Grosso. “Concentrando nossos esforços nesta região, teremos condições de obter uma redução significativa dos crimes ambientais”, comentou Mourão, acrescentando que as 11 cidades prioritárias ficam próximas a rodovias e áreas densamente povoadas.

“Já as demais áreas da Amazônia nós podemos fiscalizar com menos gente, pois elas ficam em regiões onde só se chega de barco ou avião", destacou o vice.

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O Plano Amazônia 21/22 também prevê o aumento da efetividade da fiscalização, o que exigirá o fortalecimento de órgãos como Ibama, ICMBio e Incra, entre outros. Isto porque, com o fim da Operação Verde Brasil 2, parte dos militares deixará de atuar no combate sistemático ao desmatamento.

De acordo com Mourão, uma das alternativas em análise para suprir esta mão-de-obra seria autorizar os próprios órgãos de controle ambiental e de segurança pública a contratarem pessoal temporário. “Eles atuariam na área administrativa, liberando gente capacitada [que, hoje, está fazendo serviço burocrático] para atuar na área operacional”, disse.

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“Óbvio que estamos nos lembrando que vivemos um momento extremamente difícil na questão fiscal”, frisou Mourão, sugerindo a possibilidade de que doações financeiras de outros países ou mesmo de empresas e investidores possam ajudar a custear ações como essas.

“Não temos ainda sequer o Orçamento aprovado. Mas a questão da contratação de temporários vai ser estudada também pelos ministérios, que podem chegar à conclusão de que, com o pessoal de que já dispõe, têm condições de cumprir sua tarefa”, completou.

Conforme Mourão, a Operação Verde Brasil já custou cerca de R$ 410 milhões aos cofres públicos. “Não é uma operação extremamente cara”, disse o vice-presidente. Segundo ele, o risco de a região ficar desprotegida com a desmobilização de parte do efetivo das Forças Armadas é pequeno, já que cada ministério terá tempo para se preparar. 
Source: Rural

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