Skip to main content

(Foto: Getty Images)

 

Uma área do tamanho de Israel foi desmatada no bioma da Amazônia no ano passado, quando a destruição aumentou 21% na região que se estende por nove países e abriga a maior floresta tropical do mundo, de acordo com a organização Amazon Conservation.

Sob esse índice acelerado, a floresta amazônica atingirá um ponto de inflexão em um período de 10 a 20 anos, após o qual entrará em uma espiral sustentada de morte e secará, transformando-se em savana, disse Carlos Nobre, cientista da Universidade de São Paulo.

saiba mais

Mourão volta a defender apoio privado e internacional para preservação da Amazônia

Governo propõe cortes em orçamento de proteção ambiental para 2021

 

Cerca de 17% a 18% do bioma já foi destruído, e com 1% a mais de desmatamento a cada três anos, o ponto de inflexão de 20% a 25% de destruição está se aproximando rapidamente, afirmou Nobre, que não faz parte da Amazon Conservation.

"É fundamental atingir o desmatamento zero em toda a Amazônia em menos de cinco anos", alertou o cientista.

saiba mais

Posse de Biden isola ainda mais o Brasil devido à política ambiental e pressiona o agro

 

Um primeiro olhar da Amazon Conservation sobre o desmatamento no ano inteiro de 2020 mostra que cerca de 21 mil quilômetros quadrados de floresta de crescimento antigo foram cortados ou queimados.

A área é equivalente ao tamanho de Nova Jersey, segundo as descobertas do grupo norte-americano sem fins lucrativos em sua análise de dados de satélite. "Estes números são atordoantes", afirmou Matt Finer, que comanda o projeto de monitoramento amazônico da ONG.

saiba mais

Desmatamento aumentou no Brasil, mas multas ambientais diminuíram 20% em 2020

 

O bioma da Amazônia é dominado majoritariamente pela floresta tropical, mas inclui outros ecossistemas que compartilham uma variedade semelhante de plantas e animais. Muitas partes da Amazônia sofreram com um clima mais seco no ano passado e, por isso, ficaram mais suscetíveis a incêndios.

A Bolívia respondeu pelo maior aumento da destruição na comparação com 2019, já que incêndios enormes devastaram as florestas secas de Chiquitano, disse Finer. Muitos bolivianos usam táticas de corte e queima para liberar terras para o gado e a soja, e as chamas podem sair de controle e invadir a floresta em condições secas.

saiba mais

Conselho do PPI recomenda concessão de florestas no Amazonas

 

A Bolívia anunciou um estado de emergência em outubro, dizendo que 600 famílias haviam sido afetadas pelos incêndios. Depois da Bolívia, Peru, Colômbia e Equador testemunharam aumentos menores do desmatamento.

O Brasil é o campeão de desmatamento, respondendo por 61% dos focos de incêndio na Amazônia como um todo, embora a destruição florestal de 2020 tenha sido semelhante à de 2019, segundo Finer.

Acho que 2019 é visto como um ano muito ruim para a Amazônia brasileira. (O ano de) 2020 teve menos notícias e atenção, mas foi igualmente ruim, se não pior

Matt Finer, que comanda monitoramento feito pela ONG Amazon Conservation

Os dados de 2020 se baseiam em uma análise preliminar de alertas de desmatamento gerados pela Universidade de Maryland, e as cifras definitivas serão confirmadas mais tarde neste ano.

saiba mais

Pesquisadores fazem expedição para medir carbono armazenado na Amazônia

 
Source: Rural

Leave a Reply