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Tereza Cristina (Foto: Guilherme Martimon/MAPA)

 

A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, destacou a relevância do papel da inovação tecnológica na agropecuária brasileira. Ela participou via internet de um paoinel do Fórum Econômico Mundial, realizado em Davos, na Suíça, nesta quarta-feira (27/01). No painel “Destravando inovações para transformar os sistemas alimentares”, ela salientou que o Brasil tem hoje “um ecossistema de inovação agropecuária dos mais vibrantes do mundo”.

Tereza Criatina reforçou que a inovação é imprescindível para adequar a agropecuária a realidade global e é o único vetor capaz de conciliar segurança alimentar com preservação ambiental.

“Nos últimos anos, os volumes de investimentos em agritechs no Brasil também tem crescido muito. Saltou de US$ 4 milhões em 2013 para mais de US$ 200 milhões em 2019. contabilizamos hoje mais de 2 mil agritechs no Brasil trabalhando, por exemplo, em protocolos de certificação, rastreabilidade, blockchain e tecnologias, para entregar um produto cada vez mais sustentável e mais seguro aos consumidores finais”, disse.

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O painel foi mediado pela CEO da Mercy Crops, Tjada Mc Kenna, que destacou os desafios de “alimentar quase 9,7 bilhões de pessoas no mundo até 2050, dentro dos objetivos do movimento sustentável” e que “a biodiversidade deve ser levada em conta para que tenhamos resiliência, um sistema que realmente possa alimentar o mundo inteiro, no mundo todo”.

Segundo Tereza Cristina, a próxima década será marcada pela convergência entre o digital e o biológico, principalmente na agropecuária. A transformação digital e tecnologias como a edição genômica são exemplos claros desse processo.

“Estamos ainda para expandir a conectividade no espaço rural brasileiro, com foco na inclusão, integrando principalmente, o pequeno produtor. Temos mais de 4,5 milhões de pequenos produtores e essa integração fará com que os jovens fiquem no campo, possam trabalhar, manter as suas famílias e não deixar a população tão envelhecida que temos hoje no meio rural”, disse a ministra.

Mulheres no campo

Sobre a participação das mulheres no campo, a ministra ressaltou o lançamento da quinta edição do Mulheres Rurais, Mulheres com Direitos, no segundo semestre de 2020, com o apoio da FAO (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação), para dar maior visibilidade a mulher que trabalha no campo, as mulheres indígenas, afrodescendentes e valorizar a sua contribuição.

“As mulheres hoje dirigem cerca de 20% dos estabelecimentos rurais. Dar a elas adequado acesso às tecnologias é essencial para o desenvolvimento da agropecuária nacional”, completou.

O administrador do Programa de Desenvolvimento das Nações Unidas, Achim Steiner, disse que, para além dos desafios da produção, não basta apenas a agricultura se expandir, como vem acontecendo. Segundo Steiner, é preciso ter consciência de como os mercados estao evoluindo e quantas pessoas estao dispostas a pagar pelos produtos.

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“Queremos, por um lado, preservar a capacidade dos fazendeiros viverem do que eles fazem, mas, por outro lado, alguns dos subsídios que temos no setor agrícola são extremamente destrutivos, distorcem o mercado e acabam não produzindo um efeito ideal, sendo ineficazes e ineficientes”, ressaltou.

Ele falou também sobre a importância dos pequenos produtores em todo o mundo para a produção de alimentos. “Precisamos entender, portanto, que não são apenas as grandes empresas que moldam esse setor. São na verdade os milhões de pequenos agricultores que estão justamente no centro desse sistema no futuro. Eles serão essenciais para mudar esses sistemas no futuro”, disse Steiner.
Source: Rural

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