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 Problemas climáticos durante a semeadura da safra levaram os produtores a replantar ou até reduzir áreas (Foto: Arquivo AEN)

 

A redução na estimativa da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para a safra brasileira 2020/2021 de grãos em cerca de 1 milhão de toneladas é resultado dos problemas climáticos durante o período do plantio, especialmente no Rio Grande do Sul.

Apesar de um começo de incertezas para a temporada de grãos, o clima tem sido mais favorável agora do que no período de plantio, o que mantém a estimativa positiva para uma nova produção recorde no país nesta safra.

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“Os problemas climáticos levaram os produtores a replantar certas áreas ou mesmo reduzir área. Mas a queda na estimativa de produção é relativamente pequena e está dentro de uma margem de erro esperada. Mesmo assim, teremos um aumento de 3,1% ou 7,9 milhões de toneladas (em relação à safra anterior), o que é um volume significativo”, destacou o diretor-executivo de Política Agrícola e Informações da Conab, Sergio De Zen.

Segundo o superintendente de informações do agronegócio da Conab, Cleverton Santana, o armazenamento hídrico no solo melhorou nas principais regiões produtoras a partir de 11 de dezembro, com destaque para Mato Grosso, que teve umidade de solo abaixo do esperado no início da safra. A tendência é de um clima favorável nas principais regiões produtoras.

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O baixo nível dos reservatórios hídricos e do volume de chuvas no momento do plantio da safra de arroz fez os produtores não apostarem em uma área maior do que os 1,7 milhão de hectares cultivados – incremento de 2,4% em relação à safra 2019/2020. 

“Poderia ter sido ainda maior (a área plantada) se os reservatórios não estivessem tão baixos. O plantio também ficou abaixo da safra anterior por conta do atraso no plantio da soja que é colhida mais cedo”, ressaltou Santana.

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No entanto, houve uma melhora em dezembro, com chuvas favoráveis, e a projeção é de que sejam colhidas 2,7 milhões de toneladas de arroz no país neste ano – ainda assim, uma redução de 11% em comparação com o ano-safra anterior.

As chuvas abaixo da média também foram prejudiciais para o milho no plantio da primeira safra. Embora o Brasil concentre a sua produção de milho na chamada safrinha (segunda safra), que é voltada para a exportação, a primeira é importante para o consumo interno.

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“Chuvas abaixo da média são muito mais prejudiciais para o milho do que para a soja no início da safra. Como ele (o milho) define o seu potencial produtivo ali, esse impacto não pode ser recuperado na volta da normalidade do clima”, explicou Santana.

Segundo o superintendente, Mato Grosso do Sul ainda precisa recuperar boa parte da umidade de solo no período crítico para o desenvolvimento da soja. “Eles ainda precisam de muita chuva para que a soja alcance o seu potencial produtivo, especialmente as cultivares de ciclos médio e longo”, afirmou.

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Exportações recordes

O diretor do Departamento de Comercialização e Abastecimento do Ministério da Agricultura, Silvio Farnese, destacou “a cifra inimaginável de US$ 100 bilhões” de valor das exportações do agronegócio, algo que, segundo ele, não se esperava atingir “tão cedo”, deixando uma balança comercial favorável em US$ 80 bilhões para o país.

“Novamente, mais um recorde do setor que tem dado para o país só boas notícias nos últimos anos, com um crescimento médio de 5% ao ano na última década, em torno de 10 milhões de toneladas por ano, enquanto que a área cresceu pouco mais de 1%. O agro trabalha com competência e respeito às proteções ambientais”, disse Farnese.
Source: Rural

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