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Cavalo é leiloado durante evento (Foto: Reprodução)

 

A pandemia do coronavírus transformou os leilões de gado e de cavalos de presenciais – e estimulados pelo calor do público formado por dezenas ou centenas de produtores – em virtuais e transmitidos pela televisão ou Internet –  que são bem mais comportados. No início, março/abril do ano passado, houve uma dose de preocupação da parte de diretores de empresas leiloeiras e de vendedores de animais, mesmo sabendo que grande parte dos compradores já estavam acostumados a dar lances via telinha.

Alguns importantes pregões trocaram de data, porém todos foram realizados mais tarde. Mas os números das empresas organizadoras dos remates começaram a chegar e os resultados mostram que o ano de 2020 foi um dos melhores do consolidado universo dos leilões rurais.
“Foi um ano excelente. Nosso faturamento atingiu R$ 410 milhões e superou em 80% o apurado no ano de 2019. Destaco ainda a liquidez, já que a pista ficou limpa na maioria dos leilões”, comemora Lourenço Campo, da Central Leilões, de Araçatuba, São Paulo.

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Lourenço diz com certeza que todo o setor obteve resultados excelentes no ano passado. “Os leilões virtuais chegaram para ficar. Acredito no retorno dos presenciais, passada a tempestade do coronavírus, mas esses últimos devem ser promovidos em número menor.”

A pecuária viveu um movimentado 2020, com o preço bom da arroba puxando o valor da cria para o alto e os produtores aumentaram a procura por animais, sejam bezerros, touros ou matrizes. Faltaram animais para abate e os frigoríficos tiveram de subir as cotações, explica Lourenço.

Quarto-de-milha

Foi positivamente igual a comercialização de cavalos no ano passado. Marcelo Borges de Andrade, da MBA Leilões, afirma que jamais perdeu a confiança, apesar da pandemia, e as vendas de quarto-de-milha, raça bastante usada na lida nas fazendas e em provas fervilhantes por todo o país, fecharam a temporada 2020 acima das suas expectativas.

“A liquidez foi igual, mas as cifras desembolsadas nos cavalos superaram as de 2019. Realizamos 42 leilões em 2029 e a receita foi de R$ 68 milhões. No ano passado, conduzimos 40 pregões e o faturamento ultrapassou os R$ 70 milhões”, diz Marcelo, que está há 40 anos no setor de remates.

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A aposta é em um mercado ainda mais aquecido neste ano. “A arroba do boi abriu a temporada 2020 valendo R$ 280. Em janeiro de 2019, o preço era de R$ 210. E a boa cotação do animal para abate puxa os resultados nos pregões” ressalta Lourenço.

Já Marcelo Borges informa que os leilões tradicionais de quarto-de-milha já estão sendo todos programados. A agitação nas fazendas de gado de corte, como as de Mato Grosso, abriu amplo  mercado para a raça.

E além da lida com o gado e do uso em competições, como a de Três Tambores, o quarto-de-milha marca presença há muitos anos nas corridas do Jóquei Clube de Sorocaba, um ponto habitual de convivência dos quartistas.
Source: Rural

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