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(Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil)

 

Produzido pela Fundação Heinrich Böll, o Atlas do Plástico revela que a agricultura consome 6,5 milhões de toneladas de plástico anualmente no mundo.

O material utilizado para proteger alimentos de danos, mantê-los frescos e até torná-los atraentes têm impacto no meio ambiente por levar entre 400 e 500 anos para se decompor.

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Segundo o documento, há pouca pesquisa sobre os danos causados ao solo pelos plásticos e microplásticos. No entanto, estima-se que um terço das 400 milhões de toneladas de plástico produzidas por ano acaba no solo ou em águas interiores.

“Dependendo da situação, isso tornaria a contaminação do solo entre quatro e 23 vezes maior que a do mar”, aponta a Fundação. O Atlas ainda indica que microplásticos alteram a estrutura do solo e o habitat de organismos vivos que mantém sua fertilidade, além de atuar como “ímã” que atrai substâncias tóxicas.

De acordo com a organização não-governamental WWF, mais de 104 milhões de toneladas de plástico irão poluir os ecossistemas até 2030, inclusive empobrecendo o solo, o que pode afetar diretamente atividades como a agricultura.

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Brasil

Dados do Banco Mundial apontam que o Brasil é o quarto maior produtor de lixo plástico no mundo, com 11,3 milhões de toneladas, mas apenas 145 mil toneladas (1,28%) são efetivamente recicladas.

Já a Associação Brasileira da Indústria do Plástico (Abiplast) indica que o segundo setor que mais consome transformados de plástico é o de alimentos, responsável por 20,3% desse total, ficando atrás apenas da construção civil. Bebidas e agricultura consomem 6,1% e 3,1%, respectivamente.

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Procurada, a Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (Abia), entidade que representa 80% da produção em valor de alimentos e bebidas industrializadas no Brasil, afirma ser uma das 22 associações signatárias do Acordo Setorial de Logística Reversa de Embalagens e membro da Coalizão Embalagens.

Atualmente, a Coalizão está estruturando uma nova proposta para apresentar ao Ministério do Meio Ambiente (MMA). “Até que os debates em torno da nova proposta sejam concluídos, as empresas integrantes da Coalizão continuam realizando ações e investimentos conforme previsto no Acordo Setorial assinado em 2015”, aponta a Abia, em nota.

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A Coalizão Embalagens conseguiu recuperar, entre 2018 e 2019, 427.907 toneladas de embalagens, no entanto, considerando outros materiais além de plástico, como metais, vidros e papéis.

“As indústrias da alimentação, além de participarem do acordo setorial, trabalham também para a redução da quantidade de plástico em garrafas de água, redução de papelão nas caixas de inúmeros produtos, implementação de materiais biodegradáveis, e investem em inovação e desenvolvimento de embalagens sustentáveis”, informa a associação.

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Na agricultura, a Abiplast enumera 14 etapas principais que utilizam o material em diferentes etapas, como cultivos protegidos, embalagens, armazenagem, irrigação e máquinas e equipamentos. Entre alguns usos do plástico pelo setor, estão proteção de mudas, ensacamento de frutos, silo bags e caixas para sementes.

Ao se referir à agroindústria, a Abia diz que o setor “tem atuado na promoção de modelos e práticas sustentáveis em toda cadeia produtiva, alinhados aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentáveis (ODS) da Agenda 2030 da ONU”, mas sem especificar quais são estas práticas.

Source: Rural

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