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(Foto: Getty Images)

 

Uma nova plataforma do governo de São Paulo pretende conectar cerca de 114 mil pequenos e médios produtores rurais a compradores do Estado. O anúncio da ferramenta AgroSP foi feito de forma virtual nesta quinta-feira (17/12) pelo governador João Doria (PSDB) e o secretário de Agricultura e Abastecimento, Gustavo Junqueira.

Doria chamou a plataforma de "Ceagesp eletrônica" por possibilitar que supermercados, atacadistas e compradores em geral encontrem ampla variedade de produtos, mas sem precisar se deslocar à companhia de abastecimento.

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Para que essa capilaridade de comercialização ocorra, o governo afirmou estar trabalhando em conjunto com a Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS), Associação Paulista de Supermercados (APAS), além da associação de atacadistas e outros pontos de consumo.

Neste sentido, Junqueira mencionou que a Agro SP deve contar com 1.500 empresas com 4.500 lojas da base da APAS e 1.500 estabelecimentos integrantes da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel).

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“Por geolocalização, o produtor coloca as características dos seus produtos e as informações da venda. Os estabelecimentos têm acesso e acontece o match”, disse o secretário ao se referir ao encontro entre produtor e comerciante. O resultado traz informações como lista de produtos, preço e contato dos selecionados.

Em relação ao perfil do produtor, fazem parte dos 114 mil estimados pelo governo aqueles que têm Declaração de Aptidão ao Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) e produtores de 138 cooperativas paulistas.

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Inclusão e conectividade

Como a plataforma é digital, Junqueira disse que, em paralelo à implantação da plataforma, o produtor poderá contar com cursos de capacitação para aprender a lidar com a ferramenta, incluindo cursos na sede das cooperativas. Mas a pouca familiaridade com a tecnologia não é a única barreira, já que a falta de conectividade ainda é a realidade em algumas regiões.

Segundo Doria, há um trabalho de aproximação com todas as empresas de telefonia que operam em São Paulo visando “agilizar procedimentos de acesso à internet”. Também está no horizonte do governo estadual a parceria com a Secretaria de Infraestrutura para o mapeamento das torres e aceleração dos procedimentos que ajudem nessa conexão.

Inicialmente, 400 antenas em todo o Estado são necessárias para essa universalização [da conectividade]

Gustavo Junqueira, secretário de Agricultura e Abastecimento de São Paulo

Junqueira chamou essa orquestração de “universalização da conectividade” e revelou tratativas com as empresas que compõem a associação ConectarAgro. “Em conversa com as empresas do ConectarAgro, estamos finalizando um estudo de quantas antenas são necessárias para contemplar todo o território. Inicialmente, 400 antenas em todo o Estado são necessárias para essa universalização”, afirmou.

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Ainda assim, para os produtores que não têm acesso à internet, o secretário de Agricultura sugeriu que se dirijam ao centro da cidade, pois “praticamente todas elas têm internet”, complementando que, e ao colocar as informações da produção no sistema, já é possível que haja a comercialização.

Mas os produtores precisam estar atentos à capacidade da emissão de nota fiscal, requisito geralmente exigido pelos supermercados. Como esta é uma das características que vai depender de cada produtor, bem como a adoção à ferramenta e a familiaridade com a tecnologia, o governo ainda não tem uma expectativa no volume de vendas.

“Não há expectativa de comercialização, mas a iniciativa vai além de volume. É um novo canal de atendimento para o produtor, que leva oportunidade de mercado e conhecimento”, conclui Junqueira, ao dizer que a ferramenta também se adequa aos jovens do campo e à sucessão familiar.

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Source: Rural

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