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(Foto: Cristiano Borges )

 

A integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF) contribui com a redução de doenças de plantas nas lavouras de grãos, tanto nas raízes quanto na parte aérea das plantas.

A conclusão é de pesquisas desenvolvidas pela Embrapa, em parceria com a Universidade Federal do Paraná (UFPR) e conduzidas em um experimento de longa duração do Instituto Agronômico do Paraná (Iapar).

Os estudos também confirmaram que o manejo com ILPF permite reduzir a quantidade de agrotóxicos para controle de doenças, pois a presença da floresta ajuda a reduzir a sobrevivência de patógenos no solo e a intensidade de doenças foliares.

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Os trabalhos de campo foram conduzidos em experimentos de longa duração em Ponta Grossa (PR), entre 2013 a 2016. Os resultados do estudo inédito foram publicados na edição de novembro de 2020 da revista internacional Agricultural Systems.

O artigo é assinado pelo engenheiro-agrônomo Alexandre Dinnys Roese, da Embrapa Agropecuária Oeste, em parceria com Erica Camila Zielinski e Louise Larissa May De Mio, ambas do Departamento de Fitotecnia e Fitossanitarismo da Universidade Federal do Paraná (UFPR).

Roese explica que o estudo foi direcionado tanto a doenças causadas por fungos que sobrevivem no solo quanto às foliares, cujos patógenos sobrevivem nos restos culturais e plantas voluntárias, podendo ser dispersos pelo ar, como é o caso das ferrugens.

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Segundo a Embrapa, a pesquisa se destaca pelas contribuições relacionadas ao comportamento de doenças do solo nas lavouras de soja e milho e de doenças foliares nas lavouras de soja, milho e aveia.

O chefe-adjunto de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa Agropecuária Oeste, Walder Antonio Nunes, chama a atenção para o fato de que essa descoberta científica contribui com melhorias dos sistemas de produção agropecuária.

“O uso da ILPF reduz a utilização de produtos químicos, resultado que está alinhado às diretrizes estabelecidas pelos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), propostos pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 2015,” lembra.

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Professor do Departamento de Fitotecnia e Fitosanidade da UFPR, Anibal de Moraes afirma que o planejamento é decisivo para a inserção de árvores no sistema de produção integrada. Segundo ele, é preciso levar em consideração o o que será implementado na área, bem como definir previamente a localização e os espaçamentos entre os renques de arborização. 

“Se o objetivo for cultivo de árvores, busca-se uma maior densidade. Porém, se for o bem-estar animal e a qualidade do produto, prioriza-se a pastagem e, então, esse espaçamento entre as árvores deverá ser maior”, explica.

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Source: Rural

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