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Área de café na Alta Mogiana (SP) antes (esquerda) e após manejo com Revolux (direita) (Foto: Corteva/Divulgação)

 

A Corteva Agriscience lançou uma nova solução para o controle do bicho-mineiro (Leucoptera coffeella), a principal praga da cultura do café, com a composição de duas moléculas com modos de ação diferentes para reforçar o manejo integrado de pragas na cafeicultura brasileira.

O Revolux chega ao mercado prometendo entregar um bom controle mesmo 75 dias após a aplicação nas lavouras. O grande diferencial do produto consiste na sua composição, com dois ingredientes ativos distintos, e modos de ação diferentes entre eles: o Espinetoram, que atua no sistema nervoso do inseto (sinapses), e a Metoxifenozida, que é um acelerador de ecdise, afetando o crescimento (troca de ínstar) do inseto.

“Esses modos distintos de ação aumentam a sinergia entre as moléculas e que vai ser muito positivo para o resultado que a gente observa com o Revolux”, afirma o agrônomo de campo da Corteva, Matheus Waquil.

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As duas moléculas são exclusivas do portfólio de ingredientes ativos da Corteva, e o Revolux é o primeiro inseticida registrado para a cultura do café com ambas em sua composição. Atualmente, segundo Waquil, 65% dos inseticidas usados para o controle do bicho-mineiro no café são de um mesmo grupo químico (diamidas).

“Trazer outro produto, com dois modos de ação diferentes do que já é usado para entrar nessa rotação, já é benéfico para o manejo integrado de pragas como um todo. Não apenas para a Corteva, mas para a longevidade de outros produtos que existem no mercado, como as próprias diamidas, no controle do bicho-mineiro”, afirma.

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O bicho-mineiro é uma praga que tem crescido a cada ano de forma expressiva e de difícil controle no Brasil, que detém hoje o posto de maior produtor e responde por um terço da produção mundial.

“O bicho-mineiro pode causar prejuízos de mais de 50% dos cafezais, inviabilizando a produtividade porque compromete toda a área foliar da planta de café. Com isso, a planta tem menor capacidade de realização de fotossíntese e, automaticamente, redução na produção”, ressalta Alison Rampazzo, líder de portfólio da linha café da Corteva.

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Outra vantagem agregada ao manejo é que o produto promete um longo período de controle, que pode ser de apenas uma aplicação preventiva em áreas de baixa pressão de população de insetos.

“Nessas regiões de baixa pressão, quando o produtor vai fazer um controle foliar, a gente vê que, com uma aplicação de Revolux, pode levar até a colheita sem problemas de bicho-mineiro. Já o caso de regiões de alta pressão em função do clima, como o cerrado mineiro, às vezes é necessário fazer mais de uma aplicação”, explica Waquil, reforçando que, apesar de depender da região, o intervalo entre as aplicações, quando necessárias, é mais longo do que o de outros produtos que já existem no mercado.

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O Revolux tem ainda um amplo espectro, atuando em todo o ciclo de vida do inseto, ajudando a quebrar o ciclo da praga. A recomendação de uso é de 250 mL/hectare de Revolux, com adjuvante siliconado, acrescentando em até 20% na eficiência do manejo. Waquil ressalta que, embora o portfólio da Corteva não contemple um adjuvante siliconado, os agrônomos aconselham o uso ao produtor.

Para a aplicação, o produto contém uma característica translaminar, que permite que o produto penetre pela folha, se espalhando por difusão pela planta, e atinja o seu alvo mesmo que o inseto se alimente de uma folha que não foi pulverizada efetivamente. “Para a lagarta do bicho-mineiro, que atua fazendo galerias no interior da folha, essa característica do produto de penetrar por difusão ajuda muito no manejo”, afirma.
Source: Rural

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