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Centrais de abastecimento, como a Ceagesp, em São Paulo, registraram altas de preço do tomate e da batata (Foto: Fernanda Bernardino/Ed. Globo)

 

A menor oferta nas centrais de abastecimento causou alta dos preços do tomate em outubro, de acordo com o Boletim Prohort, divulgado nesta sexta-feira (13/11) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). A batata também aumentou, enquanto cenoura e batata tiveram queda. O relatório analisa os produtos com maior representatividade na comercialização das Ceasas e que têm mais destaque no cálculo da inflação pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). (veja tabela abaixo)

“Para as hortaliças que subiram de preços, quais sejam batata e tomate, pode-se frisar que esse movimento ocorreu em função de uma menor oferta, em decorrência ainda do calor excessivo ocorrido em setembro, encurtando o ciclo produtivo e obrigando ao produtor colher seu produto, seja para reduzir as perdas, seja para não prejudicar a qualidade do produto. Assim, em setembro assistiu-se um afluxo maior dos dois itens aos mercados, prejudicando a oferta em outubro”, diz a Conab.

Batata

No caso da batata, o cenário visto em outubro reverteu um movimento de queda de preços registrado pela companhia entre julho e setembro. Segundo os técnicos, houve aumento em todos os mercados analisados, sendo a maior alta, de 61,99% em Vitória (ES). Já em Fortaleza, foi registrada a valorização menos expressiva, de 23,36%.

“Considerando os nove mercados analisados, a oferta de batata, em outubro/20, apresentou significativa redução de 12% na comparação com setembro/20, mês que se atingiu o maior patamar de oferta do ano”, ressalta a Conab, no relatório.

Tomate

No tomate, houve aumento de 114,24% no Rio de Janeiro, em outubro, a maior entre os locais pesquisados. Para os técnicos da Conab, é uma recuperação das baixas de setembro. A menor alta foi vista em Curitiba (PR), de 3,11%.

“Essa performance de alta de preços teve início no final de agosto/20 e início de setembro/20, quando as temperaturas elevadas apressaram a maturação do fruto e, consequentemente, provocaram queda de preço. No decorrer de setembro, contudo, as áreas produtivas em ponto de colheita reduziram consideravelmente e com isso houve reflexo nas quantidades ofertadas aos mercados”, informa a Conab.

Cebola

Situação inversa foi verificada na cenoura e na cebola. O aumento de produtividade nas principais regiões produtoras e maior oferta nas centrais de abastecimento reduziram os valores, informa o boletim Prohort. 

Os preços da cebola caíram em todas as centrais analisadas, na comparação de outubro com setembro. A baixa mais expressiva ocorreu em Brasília (DF), de 24,9%. No Rio de Janeiro, a desvalorização foi de 8,15%, a menor entre os locais pesquisados. De acordo com a Conab, foi o quinto mês seguido de trajetória descendente.

Os técnicos avaliam que a oferta pulverizada, com produção de diversas regiões, pressionou os preços. No Nordeste, por exemplo, parte da oferta abastece os mercados locais, o que ajuda também a reduzir custos. Além disso, houve aumento da produção de cebolas no Centro-Oeste, especialmente Goiás, e a centrais puderam contar também com a oferta de São Paulo e Minas Gerais.

Cenoura

No caso da cenoura, o cenário também foi de queda em todos os locais analisados. A maior baixa foi verificada na Ceagesp, em São Paulo, de 18,39%. A menor ocorreu em Curitiba (PR), com o produto ficando 7,97% mais barato em outubro, na comparação com setembro.

“O incremento na oferta foi de apenas 5%, em relação a setembro/20, sendo impulsionada pela maior produção a partir de Minas Gerais, notadamente da região de São Gotardo, a principal abastecedora de cenoura dos mercados”, diz a companhia, destacando que, para novembro, já se observa uma reversão do cenário de preços.

Alface

 

Já a alface teve aumento na maioria das Ceasas. Principalmente em Recife (PE), onde a hortaliça ficou 54,49% mais cara em outubro. Em São Paulo, foi onde o valor subiu menos: 1,79%. De outro lado, a redução mais expressiva no preço foi registrada em Curitiba, de 5,59%.

“A onda de calor e falta de chuva que ocorreram em setembro/20, em quase todo o país, ainda vem afetando a oferta de alface principalmente na Região Sudeste”, informa a Conab, indicando tendência de alta neste início de novembro nos mercados que abastecem Belo Horizonte (MG), Recife (PE) e no Espírito Santo.

(Foto: Reprodução/Conab)

 
Source: Rural

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