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(Foto: Cláudio Neves/Portos do Paraná)

 

A Comissão Municipal de Saúde de Wuhan informou nesta sexta-feira (13/11) que detectou amostras do novo coronavírus em um lote de 27 toneladas de carne bovina brasileira.

Segundo a autoridade, três amostras da embalagem externa de lotes de alcatra bovina desossada e congelada vendidos pela Marfrig de Várzea Grande (MT) apresentaram resultado positivo para os testes de rotina realizados no país.

A unidade havia sido suspensa pelas autoridades chinesas em junho deste ano, tendo recebido autorização para retomar os embarques há pouco mais de um mês, em 23 de outubro.

 

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Segundo o comunicado assinado pelo Departamento Municipal de Controle e Prevenção de Doenças de Wuhan, o lote de carne brasileira deu entrada na China em 7 de agosto, tendo chegado à central de armazenamento à frio, onde estava estocado, em 17 de agosto.

O produto não chegou a ser comercializado e foi incinerado pelas autoridades sanitárias. Após o resultado, 112 funcionários da empresa importadora foram submetidos a 200 testes de Covid-19, todos negativo, segundo a Comissão Municipal de Saúde de Wuhan. Procurada por Globo Rural, a Marfrig ainda não se manifestou sobre o caso.

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Desde julho, a Comissão Nacional de Saúde da China tem exigido que as empresas frigoríficas do país realizem teste de Covid-19 nos produtos antes de internalizá-los em suas unidades. A medida foi anunciada como uma forma de prevenção à propagação da doença entre trabalhadores do setor.

Em setembro, a Administração Geral de Alfândegas da China (GACC, na sigla em inglês) anunciou que suspenderia automaticamente as importações de empresas cujos produtos refrigerados tivessem resultado positivo em testes de ácido nucleico para Covid-19 por uma ou duas vezes. O período de suspensão, pré-determinado, varia de uma semana a um mês.

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A medida, segundo a GACC, visa “evitar que a nova epidemia de coronavírus importe riscos por meio de alimentos importados”. Duas empresas brasileiras já foram suspensas por uma semana devido à presença de Covid-19 em lotes de carne refrigerada: uma unidade de processamento de pescados no Ceará e um frigorífico da Minerva em Barretos (SP).

O órgão chinês atualizou nesta sexta-feira a lista de unidades frigoríficas autorizadas a exportar para o país, anunciando a suspensão voluntária dos embarques de uma empresa britânica e o bloqueio de um frigorífico argentino por quatro semanas.

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No caso do frigorífico da Marfrig responsável pelo lote contaminado com Covid-19 detectado em Wuhan, a empresa havia sido suspensa antes das medidas de segurança anunciadas em julho e em setembro.

A unidade foi reabilitada após inspeção por videoconferência realizada em outubro, quando as autoridades chinesas também sinalizaram a autorização de outros frigoríficos. Desde o início da pandemia, nove empresas tiveram as exportações suspensas para a China devido a problemas com Covid-19, sendo que seis permanecem impedidas de vender para o país.
Source: Rural

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