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(Foto: Getty Images)

 

*Publicado originalmente na edição 421 de Globo Rural (Novembro/2020)

A previsão para novembro é que os fluxos de umidade se organizem pelo interior do país, fazendo escoar da região Norte em direção à região Sudeste. Assim, grande parte do Centro-Oeste terá chuvas regulares no decorrer do mês, beneficiando a safra de verão recém-plantada.

Apesar do período úmido já estar consolidado, em muitas localidades do país ainda teremos irregularidade de chuvas. Nas regiões Sul e Nordeste, as precipitações não serão frequentes.

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Sul

Novembro seguirá com poucos episódios de chuvas. Apesar da possibilidade de temporais nesses eventos, a expectativa é de que o total acumulado fique abaixo da média histórica nos três Estados. Desse modo, os sojicultores seguirão com problemas climáticos na nova safra de grãos.

Sudeste

A previsão é que os fluxos de umidade sejam bem atuantes. Por isso, para boa parte de Minas Gerais, Rio de Janeiro e Espirito Santo, a previsão é de chuvas acima da média. A exceção ficará no oeste de Minas Gerais e em São Paulo.

Apesar da previsão de alguns temporais rápidos de fim de tarde, as indicações são de precipitações abaixo da média. A estiagem deve prejudicar as lavouras de café, que após as primeiras floradas seguem impactadas pela falta de chuva.

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Centro-Oeste

Em novembro, boa parte de Goiás e Mato Grosso têm previsão de chuvas acima da média histórica. Em Mato Grosso do Sul, apesar de haver previsão de chuva, a expectativa é de um total abaixo da média histórica, o que pode prejudicar o desenvolvimento da soja recém-plantada.

Nordeste

Os ventos úmidos que sopram do mar garantem a entrada de umidade. Porém, as chuvas ainda não retornam de forma regular para o interior da região e o tempo continua seco, o que não é incomum nesta época do ano. A área canavieira em Pernambuco está sentindo os impactos da falta de chuvas.

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Norte

A expectativa é de que as chuvas se espalhem por toda a região. Por isso, há previsão de que diversas zonas em todos os Estados tenham precipitações acima da média.

Os produtores do Tocantins seguem animados com o cultivo da soja e, em novembro, os volumes ficarão acima da média, favorecendo o desenvolvimento das lavouras.

Anomalias de chuva em novembro

No mapa, as áreas em azul indicam precipitações acima da média, e as em laranja apontam clima mais seco que o normal

(Foto: Climatempo)

 

La Niña no Brasil

Desde o começo de setembro de 2020, as águas do Oceano Pacífico equatorial leste estão com temperatura abaixo da média. É esse resfriamento que caracteriza o fenômeno oceânico-atmosférico La Niña, que, como o El Niño, modifica o padrão de chuva e de temperatura em diversas regiões do planeta.

Apesar disso, um significativo acoplamento entre o oceano e a atmosfera ainda não foi observado para a América do Sul.

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No Brasil, os efeitos climáticos mais característicos decorrentes do La Niña são o aumento da chuva sobre o Nordeste e a diminuição da chuva sobre a Região Sul.

O La Niña também facilita a formação dos canais de umidade do Norte para o Centro-Oeste e Sudeste do Brasil, o que resulta em formação de áreas de instabilidade mais frequentes sobre essas áreas.

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Mundo

América

Toda a costa leste dos Estados Unidos, do Golfo do México até o Canadá, passará por uma estiagem. Apenas uma pequena faixa do litoral oeste canadense e do Alasca terão chuvas mais intensas.

O norte da Argentina, o Paraguai e o Uruguai terão chuvas abaixo da média. Assim, o pegamento das frutas pode ser prejudicado, bem como a qualidade das pastagens e as lavouras de grãos.

África

O continente apresentará pequenas anomalias em relação aos seus históricos de chuvas. O sul da África será bastante chuvoso, enquanto os países equatoriais terão estiagens mais intensas.

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Europa

O regime pluviométrico não apresentará grandes anomalias. Uma pequena área ao sul apresentará estiagem, incluindo parte da Áustria e da Lituânia, sem consequências relevantes para a agropecuária local.

Ásia

Na Rússia, na China e na Índia, tudo deve se comportar dentro de suas médias históricas. A estiagem alcançará o litoral sul e leste da China, bem como ambas as Coreias.
Source: Rural

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