(Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)
Com o objetivo de reduzir as críticas contra o Brasil diante do avanço do desmatamento e dos incêndios na Amazônia, o governo federal começa nesta quarta-feira (4/11) uma sequência de voos sobre a floresta com embaixadores de vários países.
Os sobrevoos, liderados pelo vice-presidente da República e presidente do Conselho Nacional da Amazônia, Hamilton Mourão, terão a presença de chefes de missões diplomáticas de África do Sul, Espanha, Peru, Colômbia, Canadá, Suécia, Alemanha, União Europeia, Reino Unido, França e Portugal, além da representação da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA).
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Também acompanharão o vice-presidente alguns ministros, incluindo Ricardo Salles, do Meio Ambiente, e Tereza Cristina, da Agricultura. A viagem prevê pousos em Manaus (AM), São Gabriel da Cachoeira (AM) e Maturacá (AM).
Na terça-feira (3/11), Mourão afirmou que o Braisl conseguiu “reverter a tendência ascendente do desmatamento” e construiu “as bases de uma política capaz de enfrentar esse desafio de maneira duradoura".
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As afirmações foram feitas no discurso de abertura da 3ª reunião do Conselho da Amazônia. Ele reconheceu, no entanto, que “não temos ainda resultados a celebrar”, mas, entre 2019 e 2020, “os dados do sistema de avisos Deter do Inpe indicam a desaceleração do desmatamento quando comparado ao ano anterior, mas a queda está abaixo da nossa meta".
Mourão ainda defendeu a atuação do governo federal na questão ambiental. “Quero deixar claro que nós estamos fazendo nossa parte. O governo não está de braços cruzados", declarou, em entrevista.
Nós não somos o vilão. Temos um problema relativo à proteção e preservação da nossa floresta. Ok. Mas os outros países também têm muita coisa ainda a ser cumprida
Hamilton Mourão, vice-presidente da República
Segundo Mourão, 30% das áreas desmatadas na Amazônia estão em terras públicas. Ele contabiliza que existam 50 milhões de hectares de terra ainda não destinadas na região, o que dificulta a proteção.
“Nem nós conseguimos vigiar isso permanentemente, nem ela está distribuída. O que acontece? Espaço vazio é ocupado. Aí acontece a ilegalidade”, opinou. O vice-presidente prevê que o governo manterá medidas de Garantia da Lei e da Ordem na Amazônia até abril de 2021.
Source: Rural