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(Foto: Sindag/Divulgação)

 

A aviação agrícola brasileira lançou mais de 10,8 milhões de litros d’água contra incêndios, neste ano, em áreas de reservas naturais e lavouras em todo o país, segundo o Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola (Sindag). Ao todo, foram 6,8 mil lançamentos para combater a escalada das chamas em 2020.

O Sindag informa que foram 1,8 mil horas de voo para este tipo de ação só entre de julho e setembro – principal época da temporada anual de incêndios no Brasil. A estimativa considera informações sobre operações de combate às chamas no Pantanal e em áreas como Serra da Mantiqueira (SP), Chapada dos Veadeiros (GO), além do Cerrado na região oeste da Bahia.

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Para o secretário-executivo do Sindag, Gabriel Colle, os totais podem estar subestimados, já que parte das empresas não informou ao sindicato os dados de suas operações para o balanço. Ele diz que, apesar de altos à primeira vista, pela falta de um plano abrangente no país, os números não refletem uma demanda plenamente atendida.

Os aviões agrícolas operam em incêndios sempre com brigadistas em terra. Nesses casos, a função das aeronaves é reduzir o fogo e resfriar o terreno, para que as equipes em solo cheguem nos focos e apaguem os braseiros. Além disso, podem ajudar na proteção dos brigadistas e fazer o combate direto a focos em áreas distantes ou de difícil acesso.

 

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Para o presidente do Sindag, Thiago Magalhães, em muitos casos os aviões ainda são acionados tardiamente, quando as brigadas em terra se deparam com chamas mais intensas, o que resulta na necessidade de mais pessoal e equipamentos, aumento das horas de voo e maior quantidade d’água contra as linhas de fogo.

“Em última instância, maior custo, mais risco para pessoal em terra e, ainda assim, maiores perdas de vegetação e fauna”, destaca.

Mudança de mentalidade

Nesse sentido, Magalhães explica que as companhias associadas ao Sindag têm notado uma mudança de mentalidade principalmente no setor privado, a exemplo de Goiás, onde há três anos os produtores rurais contam com brigadas de incêndio montadas pelas empresas aeroagrícolas. 

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“No comparativo com 2019, as empresas nos relataram que o número de chamados aumentou acima da proporção do aumento de focos de incêndio. O motivo é que os agricultores começaram a acionar o serviço menos tardiamente”, afirma.

Segundo o Sindag, muitas usinas de cana-de-açúcar de São Paulo passaram a pedir apoio aéreo para auxiliar os brigadistas em terra – anteriormente, o combate se dava primeiro com a tentativa de extinção do fogo pelo pessoal a pé, junto com caminhões pipa. “Ganhou-se eficiência”, conclui Magalhães.
Source: Rural

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