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(Foto: José Medeiros/Ed. Globo)

 

O Brasil deve produzir 133 milhões de toneladas de soja na safra 2020/2021, estimou o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) nesta sexta-feira (9/10), no Relatório Mensal de Oferta e Demanda Mundial (Wasde, na sigla em inglês) de outubro.

O número repete a projeção feita em setembro e representa acréscimo de 7 milhões de toneladas sobre a temporada 2019/2020, calculada em 126 milhões de toneladas.

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A projeção feita pelo USDA é próxima à divulgada pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) na quinta-feira (8/10), de 133,7 milhões de toneladas. Tanto o número do órgão americano como o informado pela estatal reafirmam a posição do Brasil como maior produtor da oleaginosa no mundo.

De acordo com o USDA, o consumo doméstico brasileiro deve ser de 48,14 milhões de toneladas, pouco maior que as 46,5 milhões registradas no período anterior. Por outro lado, o Brasil deve ter uma redução nas exportações, de 92,4 milhões de toneladas para 85 milhões em 2020/2021 – mesmo número estimado em setembro.

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"A previsão de oferta e demanda para a soja externa em 2020/2021 inclui estoques iniciais menores, maior esmagamento e estoques finais mais baixos. Os estoques iniciais são menores, principalmente, em função do maior esmagamento na China, o que parte é compensado pelas exportações mais baixas e estoques maiores no Brasil", diz o órgão americano, em nota.

Segundo maior produtor mundial, os Estados Unidos devem colher 116,15 milhões de toneladas, ligeira queda sobre a projeção realizada no começo do último mês, de 117,38 milhões de toneladas. O consumo doméstico nos EUA deve ser de 63,03 milhões de toneladas, e as exportações, de 59,87 milhões de toneladas.

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Maior comprador do mundo, a China deve importar 100 milhões de toneladas de soja nesta safra. A projeção representa 1 milhão de toneladas a mais sobre a realizada em setembro, mas 2,6 milhões de toneladas maior que a temporada anterior, quando adquiriu 97,40 milhões de toneladas.

Países importantes no mercado da oleaginosa, a Argentina deve produzir 53,50 milhões de toneladas – mais do que as 49 milhões em 2019/2020 – e o Paraguai, 10,25 milhões de toneladas, volume ligeiramente superior às 9,90 milhões da última safra.

A Argentina deve exportar 7,50 milhões de toneladas, 2,5 milhões a menos do que no último ano, enquanto os embarques externos no Paraguai devem ficar em 6,3 milhões de toneladas, pouco maior que as 5,9 milhões da última safra.

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Otimismo no milho

Maior produtor mundial de milho, os Estados Unidos devem produzir 373,9 milhões de toneladas em 2020/2021. A estimativa para a safra americana do cereal representa um aumento de 28 milhões de toneladas em relação à 2019/2020, quando teve 345,9 milhões de toneladas, mas inferior ao número informado em setembro, de 378,4 milhões de toneladas.

“A previsão para o fornecimento de milho registrou queda brusca desde o último mês, resultado de uma safra menor e estoques iniciais mais baixos”, diz o USDA. Nos EUA, boa parte do milho é utilizada para geração de etanol, com produção em torno de 60 bilhões de litros por ano.

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O consumo doméstico de milho nos EUA deve ser de 311,76 milhões de toneladas, maior que as 307,58 milhões apuradas na última safra. Por sua vez, as exportações americanas são projetadas em 59,09 milhões de toneladas, 13,92 milhões de toneladas a mais do que as 45,17 milhões de toneladas referentes ao último ano agrícola.

Com produção voltada ao consumo doméstico e à alimentação animal, a China deve produzir 260 milhões de toneladas, volume praticamente estável em relação ao ano anterior. O consumo doméstico, no entanto, é projetado em 279 milhões, aumento de 2 milhões de toneladas. Por isso, os chineses devem importar 7 milhões de toneladas, mesmo volume da safra 2019/2020.

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Apesar de não ter o mesmo volume dos Estados Unidos e da China, a produção brasileira de milho vem avançando nos últimos anos. Desta vez, segundo o USDA, o Brasil deverá ter safra recorde, com 110 milhões de toneladas ante as 102 milhões de toneladas em 2019/2020. O número é ainda maior que o projetado pela Conab, de 105,2 milhões.

O relatório estima que o Brasil vá usar 70 milhões de toneladas para consumo doméstico, 1 milhão a mais do que na última safra, e exportar 5 milhões de toneladas a mais em 2020/2021, para o total de 39 milhões de toneladas.

Outro importante país produtor do cereal, a Argentina deve produzir 50 milhões de toneladas de milho, 1 milhão a menos do que em 2019/2020, utilizar 15 milhões para consumo interno, 1,50 milhão superior sobre o último ano, e exportar 34 milhões de toneladas, queda de 4 milhões em relação à última safra.
Source: Rural

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