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Intenção da Rede Lira é incentivar a produção com preservação da biodiversidade (Foto: Instituto Ipe/Rede Lira)

 

Mais de 80 entidades da sociedade, entre organizações, associações indígenas e extrativistas, empresas, cooperativas, instituições de pesquisa e órgãos públicos, se uniram para atuar em conjunto pela promoção de atividades produtivas conciliadas com a preservação da biodiversidade na Amazônia. O grupo, chamado de Rede Lira, foi formado a partir do Projeto Lira – Legado Integrado da Região Amazônica.

O Projeto Lira é liderado pelo Instituto de Pesquisas Ecológicas – Ipê, que recebe apoio financeiro do Fundo Amazônia e da Fundação Gordon e Betty Moore. Em 2019, através de um edital, foram selecionadas oito instituições para implantar projetos na região amazônica em parceria com organizações locais.

O Ipê é uma organização fundada em 1992, com sede em Nazaré Paulista (SP). Realiza cerca de 30 projetos ao ano em temas como pesquisa científica, educação ambiental, conservação de habitats e paisagens e apoio a políticas públicas. 

Diante do cenário atual, em que a pandemia de coronavírus agravou a situação socioeconômica e em meio à alta no desmatamento na Amazônia, os responsáveis afirmam que a integração é essencial para dar escala às ações na região. Assim, no final de julho deste ano, outras instituições firmaram o compromisso de atuar em rede, como informa, em nota, o Instituto de Pesquisas Ecológicas.

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De acordo com o Ipê, o valor investido na primeira fase do projeto será de R$ 36,5 milhões ao longo de três anos. Os recursos serão distribuídos entre seis blocos regionais, com potencial de beneficiar 35 mil pessoas de forma direta em 47 áreas protegidas na Amazônia. A ideia é colocar recursos na economia local, incentivando a geração de renda e ajudando na implantação de políticas públicas.

“As estruturas de governança, por exemplo, vão se fortalecer para que políticas públicas possam ser definidas e tornar isso mais eficiente. As cadeias produtivas vão sustentar a economia local e garantir suporte para que as comunidades se desenvolvam”, afirma, no comunicado, Fabiana Prado, Gerente de Articulação do Ipê e responsável pelo projeto.

Segundo os organizadores, o Lira vai impulsionar diretamente negócios em 12 cadeias de valor: castanha, farinha de mandioca, turismo, açaí, pesca, pirarucu, artesanato, artefatos de madeira, cumaru, cacau silvestre e borracha. Além disso, vai apoiar a implementação de Sistemas Agroflorestais (SAFs). A perspectiva é gerar um faturamento de R$ 5 milhões.
Source: Rural

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