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Ministro Ricardo Salles, ai lado do presidente Jair Bolsonaro, em live semanal (Foto: Reprodução/Youtube)

 

O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, defendeu a atuação de pecuarista do Pantanal no controle das queimadas. Segundo ele, o criador de gado é um colaborador e a atividade ajuda a diminuir o risco na região, porque os animais comem a matéria orgânica que estaria sujeita a pegar fogo. Ele fez as afirmações na quinta-feira (24/9), ao lado do presidente Jair Bolsonaro, durante a transmissão semanal ao vivo pela internet.

Salles, que visitou a região do Pantanal, também na quinta-feira, disse que, em Mato Grosso do Sul, a situação está mais controlada. No entanto, em Mato Grosso, há o que ele chamou de “perseguição muito grande” aos pecuaristas o que, em sua análise, favorece o avanço das queimadas na região.

“O pantaneiro, o produtor rural da região, pecuarista lá, é um colaborador e a pecuária ajuda a diminuir a matéria orgânica, porque o gado come pasto e com isso não deixa acumular”, declarou o ministro. “Ao contrário do Mato Grosso do Sul, que controlou esse assunto, no Mato Grosso, há uma perseguição muito grande com os pecuaristas. Resultado: diminui o gado, aumenta a quantidade de capim e de mato e, quando pega fogo, pega fogo em volume gigantesco”, acrescentou.

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Bolsonaro rebateu críticas à atuação do governo no combate aos focos de queimada no Pantanal e na Amazônia. Segundo o presidente, o governo tem trabalhado, mas há “medidas equivocadas” tomadas no passado que potencializam os incêndios.

“Em parte, não é o todo, tem uma cultura regional. O índio, que toca fogo no roçado, o caboclo, o pequeno produtor que toca fogo no roçado”, acrescentou o presidente, reforçando o que já tinha dito em discurso de abertura na Assembleia Geral das Nações Unidas, nesta semana.

“O que pega fogo é no entorno da floresta, onde houve intervenção humana, intervenção essa ao longo de 500 anos; 84% da Amazônia é preservada de maneira primária, igualzinho quando os portugueses chegaram aqui”, disse Salles.

Código Florestal

Durante a transmissão, Salles e Bolsonaro destacaram o Código Florestal Brasileiro. O presidente lembrou que a legislação determina a manutenção Reserva Legal em 80% da área na floresta amazônica. O ministro observou que há “muita coisa” que o Código protege, como Área de Preservação Permanente (APP) e Reserva Legal, e frisou que os problemas relacionados ao cumprimento do Código são pontuais.

“Aqui no Brasil tem Reserva Legal, tem APP, muita coisa que o Código Florestal protege e que o agricultor, em geral, segue. Tem problemas pontuais? Tem. Mas, em geral, é o agricultor o grande defensor do meio ambiente”, disse ele.

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Afirmando que o Brasil é o país que mais preserva florestas no mundo, Bolsonaro classificou as críticas de ataque criminoso e desinformação absurda, também reforçando seu discurso na ONU. “Por que esse ataque criminoso, essa desinformação absurda em cima do Brasil? Jogo econômico. Temos commodities, o que produzimos no campo, e, obviamente, países – não quero citar nomes – fazem uma campanha massiva contra o Brasil, nos acusando de ser terroristas ambientais, o que não é verdade”, ressaltou.

Salles destacou o programa Adote um Parque e disse que “qualquer um, desde ator de cinema internacional e outros engraçadinhos”, pode colocar dinheiro para ajudar na preservação da floresta amazônica. E, sem citar nomes, criticou antecessores no Ministério do Meio Ambiente.

“Muitos que me antecederam, viajaram o mundo recebendo prêmios internacionais e deixaram para trás 23 milhões de pessoas na Amazônia. A região mais rica do Brasil com o pior IDH (Índice de Desenvolvimento Humano)”, concluiu.
Source: Rural

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