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Banco Central atualizou suas projeções para a economia brasileira no Relatório Trimestral de Inflação (Foto: Agência Brasil)

 

A agropecuária brasileira deve terminar 2020 com um crescimento de 1,3% no Produto Interno Bruto (PIB). A projeção foi divulgada, nesta quinta-feira (24/9), no Relatório Trimestral de Inflação (RTI), do Banco Central (BC). O número é um pouco maior que o do relatório anterior, de junho, que projetava alta de 1,2% no PIB do setor.

“O crescimento esperado da agropecuária ficou praticamente igual ao apresentado no último Relatório de Inflação (1,3%, ante 1,2%), com ligeira melhora na previsão para a agricultura, em face do aumento nas previsões mais recentes do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), compensada por expectativa de resultado menos favorável para a pecuária”, diz o Banco Central, em seu relatório.

Apesar do ajuste ter sido pequeno, os números indicam que a agropecuária deverá ser o único dos setores da economia a crescer neste ano. No RTI, o Banco Central avalia que a retomada da atividade econômica em meio à pandemia está mais rápida que o esperado, mas ocorre de forma diferente a depender do setor analisado.

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Diante deste cenário, o Banco Central acredita que a Indústria termina 2020 com queda de 4,7%. Os Serviços devem ter retração de 5,2%. Do lado da demanda, o consumo das famílias deve cair 4,6% e o do governo ter uma retração de 4,2%. O cenário também é de pé no freio dos investimentos, com Formação Bruta de Capital Fixo 6,6% menor neste ano. (veja tabela ao final do texto)

A previsão do Banco Central para o resultado geral da economia ainda é de retração no Produto Interno Bruto para 2020. O número, no entanto, foi revisado de -6,4% no relatório de junho para -5% no atual.

“A nova projeção considera crescimento acentuado no terceiro trimestre, influenciado pelas medidas governamentais de combate aos impactos econômicos da pandemia e pelo retorno gradual a patamares de consumo vigentes antes do período de isolamento social. Para o último trimestre do ano, a partir de quando vigora incerteza acima da usual sobre o ritmo da recuperação, espera-se arrefecimento da taxa de crescimento, associado, em parte, à diminuição esperada de transferências de recursos extraordinários às famílias”, avalia o Banco Central.

2021

Para o ano que vem, o Banco Central projeta que a agropecuária deve acelerar seu crescimento. O PIB do setor deve ter uma expansão de 3,4%, de acordo com Relatório Trimestral de Inflação, em um cenário em que a autoridade monetária pressupõe perda de força da pandemia de coronavírus e a retomada de padrões de consumo pré-isolamento social, que tendem a levar a resultados positivos nos diversos setores da economia.

“A projeção para a agropecuária repercute prognósticos favoráveis para a safra 2020/2021 e recuperação da produção de carne, em especial de bovinos”, avalia o Banco Central.

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Na avaliação da autoridade monetária, a Indústria deve crescer 4,5% e os Serviços registrarem uma expansão de 3,7% no ano que vem. Do lado da demanda, o consumo das famílias deve ter um crescimento de 5,1% e o do governo, de 3,8%. E os investimentos também devem ter recuperação, com a Formação Bruta de Capital Fixo crescendo 3,9%.

No resultado geral, o Brasil deve ter um crescimento de 3,9% no Produto Interno Bruto (PIB) no ano que vem, de acordo com as projeções do Banco Central.

“Essa perspectiva está condicionada ao cenário de continuidade das reformas e de manutenção do atual regime fiscal, assegurando o equilíbrio de longo prazo das contas públicas, e pressupõe arrefecimento da pandemia, com gradativa elevação da mobilidade e volta progressiva aos padrões de consumo vigentes antes do período de distanciamento social”, diz o Relatório Trimestral de Inflação.

(Foto: Reprodução/BC)

 
Source: Rural

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