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(Foto: Luiz Biajoni/Divulgação)

 

Um grupo de cerca de 120 trabalhadores de frigoríficos realizou, nesta quinta-feira (24/9) uma manifestação em frente à B3 – Bolsa de Valores de São Paulo – para denunciar o elevado número de casos por Covid-19 entre profissionais do setor.

A mobilização foi convocada por Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação e Afins (CNTA), Confederação Brasileira dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação da CUT (Contac) e União Internacional dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação (UITA).

Esse manifesto era para termos feito em frente a um frigorífico, mas avaliamos o risco e, para evitar aglomeração, achamos por bem ir para a frente da B3 e fazer o máximo para mostrar a nossa situação

Artur Bueno Camargo, presidente da CNTA

 

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A entidade estima que mais de 20% dos trabalhadores do setor já tenham sido contaminados pela Covid-19 – número que, segundo Camargo, não foi constatado pelo governo nem pelos frigoríficos. “Muito provavelmente, o número deve ser muito maior. Tanto é que ninguém contesta”, aponta o presidente da CNTA, Artur Bueno Camargo. 

Os trabalhadores reivindicam a adoção de três medidas adicionais de proteção contra a Covid-19: o fornecimento de máscaras do tipo PFF2, de maior eficácia na proteção contra o coronavírus; criação de um turno adicional de trabalho com redução do número de trabalhadores, para aumentar o distanciamento social nas plantas; e testagem em massa.

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Ameaça de greve

"Nós nos reunimos com os frigoríficos e apresentamos essas propostas, mas como não avançaram as negociações, estamos intensificando a nossa campanha porque os dois maiores grupos do país, a BRF e a JBS, são de capital aberto” , explica Camargo, ao ressaltar que os sindicatos limitaram a participação dos trabalhadores na manifestação, para evitar aglomerações – motivo pelo qual também estão evitando início uma greve.

(Foto: Luiz Biajoni/Divulgação)

 

Caso as negociações não avancem, contudo, Camargo afirma que a categoria está disposta a correr riscos e paralisar as atividades. “Se chegarmos ao ponto de não haver mesmo uma disposição por parte dos frigoríficos e do governo para dar condições mínimas para garantir a vida dos trabalhadores, vamos ter que correr esse risco, de ir pra porta da fábrica e começar a fazer paralisação”, relata o presidente da CNTA.

Camargo também reconhece os prejuízos que o movimento pode causar à economia do país. “A situação nos obriga a fazer esse manifesto junto aos acionistas e mostrar como está a situação. Tudo isso é muito ruim para o próprio país, mas nós não podemos nos calar”, conclui o sindicalista.
Source: Rural

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