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(Foto: Reprodução)

 

Cientistas de Estados Unidos, Canadá, Austrália, Reino Unido, México, Chile e África do Sul assinaram uma carta pedindo à ministra da Agricultura, Tereza Cristina, que não endosse uma nota técnica que sugere mudanças no Guia Alimentar para a População Brasileira.

Segundo reportagem do jornal Folha de S.Paulo, o documento teve a assinatura de 33 cientistas e será enviado nesta quarta-feira (23/9) ao Ministério da Agricultura. A nota técnica citada no texto propõe, principalmente, alterações envolvendo alimentos ultraprocessados.

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Responsável pela mobilização de cientistas, Barry Popkin, professor de nutrição da Universidade da Carolina do Norte em Chapel HIll (EUA), aponta que a nota técnica evidencia falta de conhecimento científico e faz críticas injustificadas.

"Quanto menos (ultraprocessados) forem consumidos, melhor. É difícil entender por que a nota não menciona o rápido crescimento do consumo de alimentos ultraprocessados em todo o Brasil e na maior parte dos países ou o impacto negativo deles na saúde", escrevem os cientistas, conforme reportagem da Folha de S.Paulo.

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Em entrevista ao jornal, Popkin ainda observou que "seria criminoso e antiético usar falsa ciência e mentiras para tentar desacreditar essas importantíssimas diretrizes" e ponderou que eventuais mudanças ameaçam a saúde e o futuro das crianças brasileiras.

O Ministério da Agricultura admitiu à Globo Rural, na semana passada, que está "debatendo internamente, em Câmaras Setoriais", mudanças no Guia Alimentar. A pasta afirma que a nota técnica mencionada é "minuta de documentos internos" e nega que a ministra Tereza Cristina tenha enviado um ofício ao ministro da Saúde pedindo alterações.

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Já a Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (Abia), em nota, disse que o Guia apresenta “lacunas na melhor ciência desenvolvida para a classificação de alimentos” e defende uma revisão por entender que "trata-se de aprimoramento contínuo em benefício da população”.
Source: Rural

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