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(Foto: AFP)

 

Pesquisa divulgada nesta quinta-feira (24/9) pelo IBGE aponta que, entre 2000 e 2018, todos os biomas brasileiros tiveram redução de 8,34% em suas áreas naturais, apesar de a perda ter reduzido de magnitude ao longo desses anos. 

Segundo o estudo Contas de Ecossistemas: Extensão por Biomas (2000-2018), Amazônia, com 269,8 mil km², e Cerrado, com 152,7 mil km², tiveram as maiores reduções. A maior perda percentual foi no Pampa, com 16,8% da área natural convertida em usos antrópicos – quando há ação humana em atividades sociais, econômicas e culturais sobre o meio ambiente. 

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O estudo também indicou que, entre 2000 e 2018, a Amazônia perdeu quase 8% de sua cobertura florestal, que foi substituída, principalmente, por áreas de pastagem com manejo, que passaram de 248,8 mil km², em 2000, para 426,4 mil km², em 2018. A Mata Atlântica (7,96%) e Caatinga (7,44%) tiveram as menores transformações e os maiores decréscimos nas supressões de áreas naturais.

As menores quedas de áreas naturais, tanto em termos absolutos (2.109 km²) quanto percentuais (1,6%), foram no Pantanal. Apesar disso, a pesquisadora da Diretoria de Geociências do IBGE, Maria Luíza da Fonseca, informou que Pampa e Pantanal apresentaram o indicador de intensidade de mudança com proporções bastante superiores aos demais do território nacional. 

No Pantanal, temos 75,3% das alterações realizadas, consideradas desde alterações intensas, que têm o indicador 3, o mais elevado. O mesmo acontece com o Pampa, com cerca de 60% de alterações bastante intensas. O indicador de valor 3 retrata uma conversão de uso que era natural e passou diretamente ao antrópico intenso. No Pampa, sobretudo na área agrícola, e no Pantanal prevaleceu a pastagem por manejo

Maria Luíza da Fonseca, pesquisadora da Diretoria de Geociências do IBGE

A pesquisadora disse que o impacto das queimadas que têm ocorrido no Pantanal só será verificado no próximo ano de referência (2020) do Projeto de Monitoramento de Cobertura do Uso da Terra, que fará parte da edição seguinte, prevista para ser divulgada em 2022. “A supressão de áreas naturais que ocorrer no Pantanal, de acordo com esse fenômeno que estamos vendo agora, provavelmente será detectada no próximo ano referência”, afirmou.
Source: Rural

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