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Jair Bolsonaro, em pronunciamento na ONU (Foto: Reprodução)

 

O presidente Jair Bolsonaro disse que o Brasil é vítima de "uma das mais brutais campanhas de desinformação sobre Amazônia e Pantanal" em discurso de abertura da 75ª edição da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), nesta terça-feira (22/9).

Segundo o presidente, essa campanha é "escorada em interesses escusos que se unem a associações brasileiras, impatrióticas e aproveitadoras, com intuito de prejudicar o governo e o Brasil". Na declaração gravada enviada à ONU, Bolsonaro ainda destacou ações do governo em várias áreas, com ênfase em meio ambiente, economia e combate à Covid-19. 

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Sobre as queimadas, o presidente disse que a "floresta é úmida e não permite propagação de fogo em seu interior". "Os fogos acontecem no entorno leste da floresta", disse. Ele ainda salientou que "o caboclo e o índio" botam fogo em áreas desmatadas para sua sobrevivência.

Bolsonaro se comprometeu com uma "política de tolerância zero aos crimes ambientais", mas enfatizou a dificuldade para conter as ilegalidades. "A região amazônica é maior que a Europa ocidental, aí a dificuldade para combater incêndios. Nosso Pantanal sofre dos mesmos problemas. As grandes queimadas são consequências inevitáveis da alta temperatura local e da massa orgânica em decomposição", justificou.

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Elogios ao agro

O presidente ressaltou o papel do agronegócio na crise. "O homem do campo trabalhou como nunca e produziu como sempre. O Brasil contribuiu para que o mundo continuasse alimentado. Nosso agronegócio continua pujante e, acima de tudo, respeitando a melhor legislação ambiental do planeta", declarou.

Bolsonaro ainda afirmou que o Brasil desponta como o maior produtor mundial de alimentos e, por isso, "há tanto interesse em propagar desinformações sobre o nosso meio ambiente". "Estamos abertos ao mundo para oferecer nossos produtos do campo. Nunca exportamos tanto", observou.

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Bolsonaro pontuou que o Brasil tem a matriz energética "mais limpa e diversificada do mundo", sendo responsável por apenas 3% da emissão de carbono. "Garantimos a segurança alimentar a 1/6 da população mundial, mesmo preservando 66% da nossa vegetação nativa e usando 27% do nosso território para pecuária e agricultura", declarou.

Covid-19 e reformas

Sobre a Covid-19, o presidente disse "lamentar cada morte ocorrida". Destacou que, por decisão judicial, todas as medidas de combate à pandemia foram delegadas aos governadores e que, a ele, "coube envio de recursos e meios a todo o país". "Desde o princípio, alertei que tínhamos dois problemas para resolver: o vírus e o desemprego. E que ambos deveriam ser tratados simultaneamente", frisou.

No discurso, Bolsonaro ainda reiterou o compromisso do Brasil com o acordo entre Mercosul e União Europeia e o fato de o país ter "abandonado uma tradição protecionista". Também defendeu a democracia, ressaltou as reformas feitas em seu governo e concluiu dizendo que "o Brasil é um país cristão e conservador que tem a família como sua base"
Source: Rural

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