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Na avaliação da Conab, apesar do aumento da produção, os preços subiram (Foto: Ernesto de Souza/Ed. Globo)

 

Influenciada pelo ano de bienalidade positiva e condições climáticas favoráveis, a produção brasileira de café deve somar 61,6 milhões de sacas de 60 kg na safra de 2020, 12,3 milhões a mais do que no período anterior (49,3 milhões de sacas), acréscimo de 25%. A estimativa consta no terceiro levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para a temporada, divulgado nesta terça-feira (22/9).

Por conta da pandemia do coronavírus, a estatal não divulgou o segundo levantamento para o ano, que ocorreria em abril. O presidente da Conab, Guilherme Bastos, destacou que mesmo com o aumento da produção, a cotação do grão favorece o produtor. “Apesar da maior disponibilidade do produto, os preços apresentaram, de julho a agosto, uma trajetória de crescimento. Tivemos estoques da safra passada estimados em 35 milhões de sacas, volume 3% menor em relação à safra anterior”, afirmou.

Principal estado produtor do país, a projeção para a colheita em Minas Gerais é de 33,4 milhões de sacas, expansão de 36,3% sobre as 24,5 milhões de sacas no período anterior. O Espírito Santo deve registrar ligeiro avanço de 0,8%, com 13,6 milhões de sacas. Em São Paulo, a produção estimada pela estatal é de 6,15 milhões de sacas, crescimento de 1,82 milhão, ou 41,9%. Nos estados do norte e nordeste, a safra deve ser de 6,57 milhões de sacas, 26,4% acima das 5,19 milhões colhidas em 2019.

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O presidente da Conab ressaltou, também, os baixos níveis dos estoques mundiais. “Os estoques certificados da ICE em Nova York contam com 1,2 milhão de sacas, enquanto Londres mantém os estoques com 10,9 milhões de sacas. Os números chamam a atenção por se tratar dos estoques mais baixos dos últimos 20 anos”, disse.

Em termos de produtividade, a estimativa para a safra é de 32,7 sacas por hectare, representando um aumento de 20,2% em relação ao ano passado, que foi de bienalidade negativa e registrou 27,20 sacas por hectare. No caso do arábica, a produtividade deve ser de 31,2 sacas por hectare ante as 23,66 da temporada anterior, aumento de 32,2%. Por outro lado, a produtividade do conilon deve cair de 41,35 sacas por hectare para 38,56 sacas, recuo de 6,7%.

Para a área plantada, a projeção é de crescimento em torno de 30 mil hectares, o que representa aumento de 1,4%, para o total de 2,16 milhões de hectares. No caso do arábica, a área estimada é de 1,75 milhão, avanço de 1,6%. Já o conilon deve ter 402 mil hectares, crescimento de 0,8%.
Source: Rural

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