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(Foto: Mayke Toscano/Secom-MT)

 

Parlamentares que integram a comissão temporária externa do Senado para acompanhar as ações de enfrentamento aos incêndios no Pantanal visitaram Mato Grosso. Em Poconé (MT), o grrupo se reuniu com representantes de proprietários de fazendas e pousadas, de organizações não governamentais (ONGs) e cientistas.

Os senadores também estiveram em um espaço de acolhimento de animais atingidos pelo fogo na Rodovia Transpantaneira. Lá, percorreram cerca de 40 quilômetros da região afetada pelas queimadas. Presidente da comissão, Wellington Fagundes (PL-MT) classificou o cenário como “devastador e desolador”. 

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“Hoje, a situação do Pantanal é um estado de guerra. Brigadistas e voluntários estão trabalhando de forma sobre-humana por causa da falta de planejamento. Não nos calçamos através da ciência e da tecnologia para isso”, acrescentou, atribuindo o problema das queimadas à falta de planejamento do governo federal.

Paralelamente à diligência, outro grupo de senadores que integram a comissão realizou uma reunião remota para discutir a situação. “Nós já saímos da comoção há muito tempo. Não é de hoje que vemos o Pantanal devastado. Mas nunca algo como o que estamos vendo neste momento. O meio ambiente grita por socorro. Nós estamos indignados de estarmos vivendo este momento sem suporte necessário para a prevenção”, disse a senadora Simone Tebet (MDB-MS).

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A comissão vai enviar convites para que os ministros Ricardo Salles (Meio Ambiente), Tereza Cristina (Agricultura) e Rogério Marinho (Desenvolvimento Regional) participem de uma audiência pública no Senado para tratar do tema.

A ideia é que sejam ouvidos, na mesma mesa, o homem pantaneiro, um representante da comunidade indígena, ambientalistas e representantes do agronegócio e da agroindústria. “Não adianta dialogarmos com os iguais”, ponderou simone Tebet.

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Mourão rebate críticas

Enquanto isso, o vice-presidente da República, Hamilton Mourão, saiu em defesa das ações do governo no combate às queimadas na região. Por meio de postagem no Twitter, ele garantiu que o governo “não compactua com ilegalidades e manterá esforços constantes no sentido de que criminosos ambientais sejam enfrentados de acordo com a lei”.

Mourão também rebateu as acusações de que o Brasil não é capaz de cuidar do seu patrimônio ambiental, em particular da Amazônia. No texto, o vice-presidente ppediu que as pessoas “não se deixem levar por narrativas tiradas da cartola, como o coelho daquele mágico”.

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“Interesses econômicos e políticos a parte, também ocorre uma certa desinformação, que termina por ganhar força junto aos que jamais pisaram na Amazônia”, afirmou. Sobre as queimadas, Mourão lembrou que o Brasil não é a única nação a enfrentar esse problema, especialmente no período da seca, quando os índices historicamente se elevam. 

Apesar de admitir o problema, o vice-presidente disse que no Brasil elas não têm as mesmas proporções vistas na Califórnia ou na Austrália. “As queimadas que estão ocorrendo na Amazônia não são padrão Califórnia ou Austrália, e as ações do governo federal buscam não só reduzi-las, mas também atenuar seus efeitos nocivos ao meio ambiente e à saúde”, disse.
Source: Rural

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