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(Foto: Micolo J/CCommons)

 

Os preços da frutas ficaram mais caros na maioria das regiões do Brasil. O valor das hortaliças também subiu, em especial o tomate e a cenoura, mas houve queda para cebola e batata. Os dados são do Boletim Prohort, divulgado nesta quinta-feira (17/9) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

O levantamento analisa o mercado das principais frutas e hortaliças nos entrepostos públicos com maior peso na inflação – São Paulo (SP), Belo Horizonte (MG), Rio de Janeiro (RJ), Vitória (ES), Curitiba (PR), Goiânia (GO), Brasília (DF), Fortaleza (CE), Recife (PE).

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No caso das frutas, a Conab diz que, além do impacto climático nas diferentes regiões produtoras, a exportação também influenciou para a menor disponibilidade dos produtos, o que puxou as cotações para cima.

O volume de exportação de frutas no Brasil no ano, até agosto, é de aproximadamente 529 mil toneladas, 1,76% mais em relação ao mesmo período de 2019. Mas o faturamento é 7,33% menor (US$ 507 milhões), por conta da desvalorização cambial. “Seria maior se não fosse a pandemia e os gargalos ligados a problemas logísticos”, diz o órgão.

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Os maiores reajustes ocorreram no mamão, com destaque para Curitiba (+41%), Goiânia (+78,63%) e, de forma ainda mais acentuada, no Rio de Janeiro (+121,43%). Apenas a Ceagesp de São Paulo observou queda no valor da fruta no último mês (-3,26%).

"Os preços do mamão subiram na parcial de agosto em decorrência da menor oferta, da competição com o papaya, mais caro, e do melhor controle dos carregamentos em virtude do clima ameno, que atrasa a maturação da fruta", explica a Conab.

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A laranja também operou em alta em grande parte das regiões, com maior ênfase em São Paulo (+9,92%) Belo Horizonte (+15,06%) e Rio de Janeiro (+16,01%). Ainda assim, houve retração em algumas capitais, a exemplo de Brasília (-11,45%) e Curitiba (-11,61%).

"O mercado de laranja foi marcado por preços situados em patamares levemente elevados em diversas Ceasas. Os motivos foram a boa demanda por cítricos e bom ritmo da moagem na indústria produtora em São Paulo. As vendas externas aumentaram e podem se elevar ainda mais, levando-se em conta a baixa safra na Flórida (EUA)”, afirma a companhia.

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Já a maçã registrou queda em Fortaleza (-0,66%), mas avanços nas demais capitais, com destaque para Brasília (+15,09%), Belo Horizonte (+18,47%) e Rio de Janeiro (+40,15%). A melancia, por sua vez, teve as maiores altas em Goiânia (28,46%,), Belo Horizonte (31,89%) e Rio de Janeiro (46,66%). 

A banana foi a fruta que mais oscilou de preço entre as Ceasas, com retração maior no Rio de Janeiro (-19,31%) e Brasília (-14,13%) e elevação em São Paulo (+10,76%) e Curitiba (+31,29%).

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Hortaliças

Segundo a Conab, a venda de hortaliças cresceeu após um período de redução em função das medidas de isolamento social para conter o coronavírus. "As hortaliças, de forma geral, já apresentam seus movimentos sazonais de oferta e seus consequentes reflexos imediatos nos preços, característicos para cada produto", ressalta a Conab.

Os preços da cebola operaram em queda em todas as praças analisadas, em maior patamar em Recife (-46,92%) até uma retração menor, mais ainda significativa, no Rio de Janeiro (-20,74%).

Segundo a Conab, a queda é decorrente de “um aumento significativo das quantidades ofertadas nas Ceasas brasileiras”. “Aliado a isso, a redução de preço é consequência da pulverização da produção nesta época”, explica.

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Já o tomate teve elevação na maioria das capitais, mas queda em Recife (-19,21%). As maiores altas ocorreram no Rio de Janeiro (+37,11%), Goiânia (+49,22%) e Vitória (+128,72%).

"Este mercado (Espírito Santo) é abastecido, quase integralmente, pela produção de tomate do próprio Estado e qualquer queda na produção local faz com que os preços reajam rapidamente", afirmou o órgão. Em agosto, a oferta capixaba foi 5% menor do que em julho, o que, segundo a Conab, também explica os aumentos nas demais praças.

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A batata registrou recuo nas cotações em todas as centrais de abastecimento do país, mas em menor nível do que a cebola. A queda oscilou entre São Paulo (-19,21%) e quase de estabilidade em Recife (-0,44%).

A alface foi o produto com maior variação de preços de acordo com as regiões analisadas, com retração em Curitiba (-17,81%), estabilidade em Belo Horizonte e no Rio de Janeiro, e valorização em Recife (+13,11%).

Por fim, a cenoura foi a única hortaliça com avanço nas cotações na maioria das capitais, com queda em apenas em Recife (-7,83%). Os maiores acréscimos ocorreram em São Paulo (+29,15%), Brasília (+30,21%) e Goiânia (+61,73%).
Source: Rural

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