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Novas forrageiras têm foco em ILPF (Foto: Divulgação/Barenbrug)

 

Após compartilhar um programa de pesquisa de sementes, ainda com a Dow Agrosciences, a multinacional holandesa Barenbrug viu a oportunidade de comprar, em março de 2019, 100% do negócio de forrageiras da Corteva, que decidiu sair so segmento após a fusão entre a Dow e a DuPont, que a originou. Para a Barenburg, o negócio trouxe um vasto banco de germoplasma, que tem de quatro a seis mil híbridos desenvolvidos por ano, conforme explica Álvaro Peixoto, diretor geral da empresa, em entrevista exclusiva a Globo Rural.

“Forrageiras hoje tem papel fundamental para manutenção da sustentabilidade e nível de produtividade de culturas como soja e milho. É fundamental a integração da forrageira dentro do sistema produtivo e, com isso, alguns agricultores estão descobrindo a ILPF”, diz Peixoto, se referindo à Integração Lavoura-Pecuária-Floresta.

A fim de contemplar agropecuaristas que levem em consideração a prática sustentável, a Barenbrug lança no mercado duas novas variedades de forrageira tropical. O desenvolvimento levou cerca de dez anos entre o primeiro cruzamento e a aprovação do uso pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

Sem abrir o investimento feito às novas variedades, Peixoto afirma que o sistema ILPF “veio para ficar”, à medida que muitos produtores têm deixado a terra coberta de forrageira de três a quatro meses e “aproveita o tempo de 100 dias do campo parado para colocar um boi e ao colocar o animal isso aumenta a quantidade de matéria orgânica e melhora ainda mais a qualidade do solo dali para frente”.

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Ainda assim, ele admite que este é um mercado muito específico, pois além de o pecuarista ter aptidão à sustentabilidade, é importante que ele também faça a mensuração de resultados, “e na pecuária é mais difícil de encontrar isso”, diz Peixoto. Por isso, na perspectiva do gerente da Barenbrug, as novas cultivares devem atender de 30% a 40% dos produtores profissionais da pecuária brasileira.

“É preciso acompanhar ganho de peso animal, suplementação, controle de planta daninha no pasto, adubação de pastagem. Quem faz isso ainda é uma minoria. Dificilmente a gente vai atuar em 100% do mercado, não porque a gente não quer, mas sim porque muito produtor não faz a medição”, reconhece.

A venda comercial das novas cultivares começaram em julho deste ano para alguns clientes específicos, mas Peixoto espera que as vendas se intensifiquem entre setembro e janeiro, quando começa o período de chuvas e os plantios para pecuária ficam mais assíduos. “Esperamos vender 30 toneladas de cada material nesta safra agora”, ele estima.

Além desta projeção, o executivo da Barenbrug ainda afirma que a empresa está programada para lançar um novo híbrido de forrageira tropical a cada cinco anos. “Temos a capacidade de lançar a cada dois anos, só não fazemos isso porque não sabemos se o mercado iria absorver”, pondera.
Source: Rural

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