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Medidas de isolamento e distanciamento social causaramimpacto no abate de bovinos (Foto: Divulgação)

 

O abate de bovinos no Brasil totalizou 7,3 milhões de cabeças no segundo trimestre deste ano, 8% a menos que no mesmo período em 2019 e 0,3% abaixo do registrado nos primeiros três meses do ano. A informação foi divulgada nesta quinta-feira (10/9) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). É o volume mais baixo para um segundo trimestre desde 2011, de acordo com a instituição.

“A quarentena iniciada no fim de março de 2020, por conta pandemia do COVID-19, pode ter causado o maior impacto no mês subsequente, devido à reestruturação do setor para se adaptar ao cenário adverso”, informa o IBGE, em comunicado.

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O levantamento considera os abates feitos em locais que possuem algum tipo de inspeção sanitária. Em números absolutos, foram abatidas 683,11 mil cabeças a menos no segundo trimestre de 2020 em relação ao mesmo intervalo em 2019. De acordo com os técnicos do IBGE, a redução ocorreu em 22 estados brasileiros. 

As mais significativas foram em Mato Grosso (-165,71 mil cabeças), Pará (-92,23 mil cabeças), Mato Grosso do Sul (-75,54 mil cabeças), Rondônia (-67,64 mil cabeças), Bahia (-51,51 mil cabeças), São Paulo (-34,38 mil cabeças). Apesar da queda, Mato Grosso seguiu na liderança dos abates do Brasil, com 16% do total, seguido por Mato Grosso do Sul (11,5%) e São Paulo (10,7%).

Em outros cinco estados, houve aumento dos abates de um ano para outro. As maiores variações foram registradas em Santa Catarina (+14,06 mil cabeças) e Minas Gerais (+10,04 mil cabeças).

Leite

O IBGE registrou também uma aquisição de 5,76 bilhões de litros de leite cru entre os meses de abril e junho de 2020, 1,7% a menos que no mesmo período em 2019 e 9,3% a menos que nos primeiros três meses deste ano. Ainda assim, o volume é o terceiro maior para um segundo trimestre na série histórica do instituto, atrás apenas dos períodos equivalentes em 2019 e 2014.

“Os 2ºs trimestres regularmente apresentam a menor captação, devido à etapa de entressafra nas principais bacias leiteiras do país. Os efeitos da pandemia de COVID-19 também impactaram o setor, ao reduzir o consumo de derivados lácteos. Apesar disso, considerando a série histórica, iniciada em 1997, o resultado representa a terceira maior captação de leite acumulada em um 2º trimestre”, explica o IBGE.

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Em números absolutos, comparando o segundo trimestre de 2020 com o de 2019, a queda foi de 102,06 milhões de litros de leite cru captados em nível nacional. Os volumes foram menores em 16 Estados, principalmente Goiás (-45,16 milhões de litros), Rio Grande do Sul (-44,38 milhões), Paraná (-31,97milhões), Rio de Janeiro (-13,44 milhões de litros) e São Paulo (-9,57 milhões de litros). 

De outro lado, houve aumento na captação de leite em Sergipe (+18,89 milhões de litros), Rondônia (+18,27 milhões) e Bahia (14,84 milhões). Minas Gerais manteve a liderança na aquisição de leite, com 25,4% da captação nacional, seguido por Paraná (12,8%) e Rio Grande do Sul (12,2%).
Source: Rural

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