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(Foto: Getty Images)

 

A combinação entrer problemas climáticos e a pandemia de coronavírus fez disparar o preço de hortifrútis no Mato Grosso. Levantamento da Secretaria Estadual de Agricultura Familiar (Seaf) mostra que, no atacado em Cuiabá e Várzea Grande, o aumento ultrapassa 80% no intervalo entre março e setembro.

A maior alta foi detectada no preço do limão tahiti, que subiu 186%, passando de R$ 35 para R$ 100, a saca de 22kg. Em seguida, aparecem pimenta-de-cheiro (+116%) e quiabo (+115%). Abóbora cabotiá, milho verde e a mandioca também ficaram mais caros nos últimos dias. A mandioca e a abóbora subiram 80%, enquanto o valor do milho cresceu 60%.

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Segundo José Luiz Fugiwara, permissionário da Central de Abastecimento de Cuiabá, que abastece o comércio atacadista e varejista de hortifrutigranjeiros da capital e interior, a explicação para o aumento significativo se deve ao clima e a baixa produção local.

“Estamos tendo de trazer produtos de outros Estados, como por exemplo o limão, que está vindo de São Paulo. A produção regional está enfrentando esse período de más condições climáticas e não tem dado conta de atender o mercado interno. Aliado a isso, a demanda por esses produtos não recuou”, explica Fugiwara.

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De acordo com o coordenador de Acesso aos Mercados da Seaf, Eduardo Duarte, a falta de chuvas, a baixa umidade e a diminuição da produtividade são as causas do aumento. “Além desses fatores, com o fechamento das feiras livre no final de março por conta da pandemia, muitos produtores familiares diminuíram a produção por não terem onde comercializar. Com isso, o reflexo dessa paralisação está repercutindo agora”, destaca.

Apenas dois itens reduziram de preço no intervalo de seis meses: o tomate (-44%) e o repolho (-50%). “Essa redução é consequência do período de colheita, que fez aumentar no mercado a oferta desses produtos. Em algumas semanas, esses dois itens tendem a ser reajustados”, observa Duarte.
Source: Rural

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