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(Foto: Getty Images)

 

Após análise de especialistas em bem-estar animal, cinco  organizações de proteção animal (Alianima, Animal Equality, Forum Animal, Mercy For Animals e Sinergia Animal) se posicionaram sobre a proposta de instrução normativa do Ministério da Agricultura para boas práticas de manejo nas granjas de suínos de criação comercial.

As ONGs entendem que as normas sinalizam "um avanço para o setor", mas é preciso que o Ministério da Agricultura e outras entidades que representam o setor de carne suína "se esforcem para que as recomendações sejam cumpridas". Também mencionam que a normativa "já é considerada obsoleta se observadas as práticas anunciadas pelas grandes empresas do setor".

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Diante disso, as organizações protocolaram uma carta aberta com o apoio da Comissão de Defesa dos Direitos dos Animais da OAB/SP solicitando ao ministério que alguns trechos da instrução sejam revistos, pois "podem comprometer as práticas e compromissos que já foram anunciados por muitos suinocultores no Brasil".

Entre os pontos, está o prazo de 25 anos para os produtores se adaptem à gestação coletiva. Para as ONGs, o prazo é "extremamente longo", já que empresas que representam mais de 60% da produção nacional já assumiram o compromisso de abandonar o uso contínuo de gaiolas de gestação até 2026.

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Outra crítica ao prazo muito longo – a previsão é 10 anos – envolve o fim da castração sem uso de anestesia e analgesia e da mossa, que é a mutilação de parte da orelha do animal. As organizações ainda aconselham que a instrução normativa tenha um artigo específico sobre uso de antibióticos, visando proteger a saúde.

Por fim, as entidades citam preocupação com a permissão do corte de cauda até três dias de idade sem o uso de anestésicos e analgésicos e o descarte de leitões com baixo peso ao nascer, recomendando incluir um artigo sobre como realizar este procedimento de acordo com os preceitos do bem-estar animal.
Source: Rural

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