Skip to main content

(Foto: Getty Images )

 

Entre os dias 1º e 31 de agosto, o Programa Queimadas do Instituto Nacional de Pesquisa Ambiental (Inpe) ultrapassou a marca de 1 milhão de focos de queimadas em todo o Brasil, considerando todos os satélites disponíveis na plataforma.

Ao todo, foram 1.105.886 detecções. A Amazônia foi o bioma mais prejudicado, com 661.890 queimadas, o que representa 59,9% do total. Em seguida, estão Cerrado (18,6%), Pantanal (15,8%), Mata Atlântica (3,9%), Caatinga (1,4%) e Pampa (0,3%).

saiba mais

Presidente da Abag destaca papel do agro para Amazônia e critica "desgoverno ambiental"

Em defesa da Amazônia, bancos sinalizam condicionar crédito à produção sustentável

 

O Estado que mais concentrou queimadas é Mato Grosso, que somou 292.672 focos no mês. O município de Poconé foi o epicentro da prática ao contabilizar 64.886 registros pelos satélites do Inpe. Este é o segundo município mais devastado, só atrás de Altamira, no Pará, que teve 85.002 focos identificados.

Se forem considerados apenas os satélites de referência,  a Amazônia teve o segundo número mais alto de focos de calor dos últimos 10 anos – 29.307 -, ficando apenas 5% abaixo dos 30.900 de 2019, informou o Observatório do Clima, em nota.

saiba mais

Insegurança jurídica e lentidão para licenciamento afastam investimentos na Amazônia

 

“Mesmo essa queda precisa ser relativizada, já que uma pane no satélite de referência usado pelo Inpe, o Aqua, fez com que parte da Amazônia não fosse observada no dia 16, produzindo um número anormalmente baixo de detecções”, destaca o documento.

De acordo com a entidade, o número de alertas de desmatamento na Amazônia em 2020 foi 34% maior do que em 2019, mesmo com a ação de três meses do Exército por meio da Garantia da Lei e da Ordem, aprovada pelo vice-presidente da República, Hamilton Mourão, que também preside o Conselho da Amazônia.

saiba mais

Ricardo Salles cobra maior participação privada na Amazônia

 

“O teatro militar montado pelo general Hamilton Mourão na Amazônia para iludir os investidores não conseguiu enganar os satélites. Gastamos tempo e dinheiro do contribuinte, emitimos carbono, transformamos nossa credibilidade em fumaça e perdemos biodiversidade que não volta mais. Tudo isso porque as pessoas que estão no poder se recusam a implementar políticas públicas de combate ao desmatamento e ao fogo que não apenas já existiam como deram certo no passado”, destacou Marcio Astrini, secretário-executivo do Observatório do Clima, por meio da nota.
Source: Rural

Leave a Reply