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A Embrapa assinou uma parceria com a Universidade de Minnesota (UMN) e com o instituto J. Craig Venter Center (JCVI) para trocar conhecimento e estabelecer uma plataforma para a identificação e o desenvolvimento de novas moléculas terapêuticas contra patógenos de interesse agrícola e industrial. A parceria com as duas instituições sediados nos Estados Unidos e considerados referências mundiais na pesquisa genômica prevê trabalhos conjuntos por um prazo de cinco anos.

A pesquisa será submetida a agências americanas de fomento e terá como base moléculas da biodiversidade brasileira, cujo potencial pode contribuir até mesmo com estudos relacionados ao novo Coronavírus, responsável pela mobilização mundial da ciência na atualidade.

Liderada pelos pesquisadores da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia (Brasília, DF) Elíbio Rech e Daniela Bittencourt, a cooperação foi articulada pelo coordenador do Labex Estados Unidos, Alexandre Varella, da Secretaria de Inteligência e Relações Estratégicas (Sire).  Atualmente, a Embrapa Recursos Genéticos é a sede do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Biologia Sintética (INCT-BioSyn).

O projeto inicial da parceria será focado no desenvolvimento de plataforma tecnológica para prospecção, avaliação e produção de biomoléculas com atividade antiviral nos diferentes biomas brasileiros. “A plataforma gerada será capaz de responder, de forma mais rápida, as possíveis futuras ameaças de pandemias virais, podendo ser utilizada como modelo nos setores do agronegócio”, explica Rech. 

“Há quase 30 anos, após a produção da primeira geração de plantas geneticamente modificadas, desenvolvemos agora novas ferramentas tecnológicas in silico e in vivo, que possibilitam a entrada em uma nova era da tecnologia do DNA recombinante”, explica.

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Através da aplicação da biologia sintética, será possível projetar novas e complexas características para manipulação genética e exploração sustentável da biodiversidade. De acordo com Rech, o uso de tecnologias de biologia sintética representará mais do que adições de transgenes, como também expande as possibilidades para o desenho computacional de vias metabólicas completamente novas, características fisiológicas e estratégias de controle do desenvolvimento e a aplicação in vivo na engenharia genética.

Reconhecida como uma significativa promessa para o futuro, a biologia sintética – associada a outras áreas da pesquisa – possui amplas possibilidades de aplicação nos setores produtivos, incluindo medicina, agricultura e agroenergia, além da capacidade de fornecer soluções para os principais desafios que envolvem a bioeconomia. Especialista na área, a pesquisadora Daniela Bittencourt atua como cientista visitante, desenvolvimento estudos nas instalaçaões do JCVI, cujo objetivo é entender e controlar melhor a regulação genética da primeira célula com o mínimo genoma desenvolvido, o JCVI_Syn3A, bem como o desenvolvimento de mecanismos para a construção de uma célula totalmente sintética.

Artivulação estratégica

Para o coordenador do Labex EUA, Alexandre Varella, a cooperação entre as instituições faz parte da estratégia de articulação da área internacional da Embrapa, que tem o papel de facilitar o intercâmbio e conectar os interesses da pesquisa brasileira com o que está sendo desenvolvido fora do País.

“Trata-se de uma cooperação de extrema relevância que envolve, além do suporte financeiro, a colocação da Embrapa no desenvolvimento de pesquisas de ponta, fruto do pioneirismo das instituições na aplicação de abordagens na fronteira do conhecimento”, concluiu.

*com Agência Embrapa
Source: Rural

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