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(Foto: Divulgação)

 

Mesmo diante da forte e seguida alta nas cotações do milho e do farelo de soja, principais insumos de alimentação da suinocultura, os preços recordes do animal vivo elevam o poder de compra dos criadores consultados pelos pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq/USP).

Segundo os analistas do Cepea, a oferta restrita de animais para abate e a demanda aquecida da indústria por novos lotes, principalmente por conta das exportações aquecidas, mantêm em elevação os valores do suíno vivo no mercado independente (fora das integrações das indústrias).

As vendas externas de carne suína de janeiro a julho deste ano cresceram 38,7% em volume (para 579,9 mil toneladas) e 49,9% em receita (para US$ 1,279 bilhão), comparado a igual período do ano passado. Em julho, os embarques de todos produtos, entre in natura e processados, totalizaram 100,4 mil toneladas, em alta de 47,9% ante o julho de 2019.

Em relação ao milho, os pesquisadores da equipe de grãos do Cepea explicam que os preços do cereal seguem em acentuado movimento de alta no mercado interno desde junho, apesar da colheita avançada da segunda safra e com estimativas apontando produção recorde.

Eles observam que o impulso aos preços do milho vem da retração de vendedores, o que limita a disponibilidade do cereal no spot brasileiro, da demanda interna firme e das exportações em ritmo aquecido.

No caso do farelo de soja, as altas expressivas se devem ao aumento no preço da matéria-prima e à demanda doméstica aquecida pelo derivado, principalmente por conta da avicultura e suinocultura.

Os indicadores do Imea mostram que a relação de troca entre os preços na média de agosto recuou 8,7% em relação à de julho. São necessários para 7,8 quilos do suíno vico para comprar uma saca de 60 kg do cereal. No mês, a cotação do suíno subiu 23,2% e a do milho 12,4%. A relação de troca é a melhor desde julho do ano passado.
Source: Rural

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