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(Foto: Lucas Tavares/Agência O Globo)

 

A alta do milho observada no primeiro semestre deste ano e a antecipação recorde das vendas da safra 2020/2021, iniciada em julho, levaram a BRF a ampliar os investimentos em armazéns e estocagem de grãos, segundo revelou Leonardo Dall'Orto, vice-presidente de  logística e planejamento da companhia, durante teleconferência com investidores.

“Nosso objetivo sempre foi garantir o abastecimento e a alimentação dos animais, mas a gente também tem o objetivo de garantir a competitividade da BRF perante o mercado. Então estamos aumentando a nossa capacidade de armazenagem, recuperando e abrindo novos armazéns para usar isso de acordo com nossa visão de mercado”, destacou o executivo.

A BRF não revela qual a sua capacidade de armazenamento atual, mas garantiu, durante a apresentação dos resultados trimestrais, que tem seu abastecimento garantido para o próximo ano-safra. “Claro que a nossa decisão de armazenar mais é estratégica, não posso falar quanto temos armazenado, mas temos olhado sempre o longo prazo, olhando, avaliando os  estoques de passagem  no Brasil, bem como a safra americana, e tomando nossas decisões”, explicou Dall'Orto.

Além de ampliar a capacidade de estoques, a BRF também tem aumentado o uso de fontes alternativas de matéria prima, como o Sorgo. Desde o ano passado, a participação do grão na composição da alimentação animal da companhia cresceu 25%, revela o executivo. “A gente identifica as áreas com potencial para a cultura, fazemos o fomento com os produtores  e acabamos tendo, também, um insumo que nos traz uma vantagem competitiva”, contou o executivo.

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Segundo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), os produtores do Mato Grosso já anteciparam a venda de 45,9% do milho que será colhido em 2021 até o último dia 7 de agosto, 13,5 pontos percentuais acima da fixação observada no ano passado. O Estado é responsável por mais da metade das exportações brasileiras do grão e cerca de 30% da produção nacional.

“Nunca se comercializou com tanta antecedência tanto em soja quanto milho no Brasil ,mas  nós temos nos preparado pra isso. É claro que os preços mais altos vão impactar os custos, mas numa intensidade muito menor do que está acontecendo no mercado em geral”, avalia o vice-presidente de logística e planejamento da BRF.

De acordo com balanço trimestral apresentado pela empresa, o custo consolidado dos produtos vendidos pela BRF no primeiro semestre deste ano cresceu 16,6% em relação a igual período do ano passado, para R$ 10,9 bilhões. No mesmo período, o milho, que representa cerca de 70% dos custos de produção de aves e mais da metade no caso de suínos, registrou alta de 32,7% no seu preço médio, segundo indicador Esalq/BM&FBovespa, calculado pelo Cepea.
Source: Rural

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