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(Foto: Divulgação)

 

O calor intenso na Argentina desde a última semana tem dificultado o trabalho das autoridades fitossanitárias para localizar e combater as seis nuvens de gafanhotos que estão ativas e em constante movimentação no país.

Segundo o Serviço de Sanidade e Qualidade Agroalimentar da Argentina (Senasa), os insetos saíram do Paraguai e se encontram nas províncias de Chaco, Salta e Santiago del Estero – o Senasa ressalta que é necessário a confirmação de um dos grupos.

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No entanto, uma das nuvens já teria se movimentado de Santiago del Estero para Córdoba, mais ao sul. No começo da última semana, a agência governamental afirmou que uma das nuvens de gafanhotos chegou a se deslocar 247 quilômetros em apenas três dias.

“O problema é ter informações precisas, justamente por conta da dificuldade de localização. Tivemos dias muito quentes, e a mobilidade das nuvens é grande. Mas alguma previsão se confirmou no sentido de deslocamento para o sul e oeste”, afirma o chefe da Divisão de Defesa Sanitária Vegetal da Agricultura do Rio Grande do Sul, Ricardo Felicetti.

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Segundo o Serviço Meteorológico Nacional da Argentina, Santiago del Estero teve temperaturas entre 8°C e 28°C nesta segunda-feira (10/8) – condições acima de 20°C favorecem a movimentação da praga. A previsão é de clima ameno a partir desta terça-feira (11/8), com temperaturas mais baixas até sexta (14/8). Para o final de semana, a expectativa é de temperaturas entre 9°C a 28°C.

O mesmo acontece em Resistencia, capital de Chaco, onde devem variar entre 13°C a 32°C no final de semana. Já Salta tem previsão entre 12°C e 25°C para sábado (15/8) e domingo (16/8).

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Para o chefe da Divisão de Defesa Sanitária Vegetal da Agricultura gaúcha, a incidência dos gafanhotos é algo considerado “normal”. Ele lembra que a Argentina chegou a ter oito nuvens da espécie Schistocerca cancellata em 2019.

“A situação mais preocupante era a nuvem que estava em Entre Ríos (erradicada há duas semanas). A emergência é algo comum, é até esperado. As informações não são precisas, mas estamos mais tranquilos por conta da distância”, diz Felicetti, lembrando que o grupo mais próximo estaria a mais de 500 quilômetros da fronteira com o Brasil.

Mesmo assim, as autoridades brasileiras continuam vigilantes, já que o fim do inverno na região pode propiciar deslocamentos mais intensos da praga em direção ao Brasil.
Source: Rural

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