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Aviões agrícolas podem ser usados em operações de combate a incêndios (Foto: Divulgação/Sindag)

 

O Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola (Sindag) enviou, na quarta-feira (5/8), um ofício ao presidente interino do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Homero Cerqueira, oferencendo apoio para divulgar iniciativas de contratação de aviões para combate a incêndios florestais.

Segundo o Sindag, o Brasil possui 262 empresas de aviação agrícola, com cerca de 2,3 mil aeronaves, o que faz da frota brasileira a segunda maior do mundo no setor. O objetivo é que mais empresas possam participar do processo. Teoricamente, isso poderia gerar uma queda
no custo das operações. O ICMBio afirma que o assunto está em análise.

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A iniciativa acontece depois do Ministério do Meio Ambiente, órgão ao qual o ICMBio é vinculado, anunciar o gasto de R$ 10 milhões com a contratação de cinco aeronaves para combater os incêndios florestais na Amazônia Legal. A pasta afirma que será possível percorrer uma distância de 1.037 quilômetros.

"Além da disponibilização das aeronaves, nós aumentamos e muito o número de brigadistas contratados pelo Ibama e ICMBio nesse período de seca. Nos últimos 5 anos, o aumento de brigadistas atuando no combate ao fogo foi de 50%. Nós estamos atuando em várias frentes
para combater os incêndios florestais", disse na última segunda-feira (3/8) o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles.

Aumento de queimadas

AA contratação de aeronaves pelo Ministério acontece depois do aumento exponencial das queimadas nos biomas Amazônia e Pantanal nos últimos meses, com agravamento da situação no mês passado.

Segundo monitoramento do Programa Queimadas, gerido pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), foram 1.684 pontos de focos ativos no Pantanal em julho, aumento de 240,8% em relação a igual mês do ano passado, que teve 494 pontos detectados. Nos sete primeiros meses de 2020, o número de incêndios quase triplicou, passando de 1.475 para 4.218.

Da mesma forma, os focos de queimadas na Amazônia subiram 27,92% no último mês, para 6.803 pontos, 1.485 a mais do que em julho de 2019. Nos primeiros sete meses do ano, no entanto, houve uma ligeira queda de 7,26%, redução de 1.218 focos ativos, para 14.706 pontos no total. O número, no entanto, ainda está acima do que é considerado aceitável por organizações não-governamentais e ambientalistas.
Source: Rural

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