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(Foto: Reprodução/WikimediaCommons)

 

 

O setor brasileiro de frutas aposta em uma tecnologia de irradiação nuclear como um diferencial para aumentar o tempo de vida útil, eliminar riscos de contaminação nos produtos e, com isso, conquistar novos mercados no exterior.

O processo é utilizado para “sanitizar as frutas, eliminar qualquer perigo de patógenos, aumentar o tempo de vida do alimento, prolongar o tempo de prateleira e seu tempo disponível para consumo", segundo Eduardo Brandão, diretor executivo da Associação Brasileiras dos Produtores Exportadores de Frutas e Derivados (Abrafrutas).

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Além disso, Brandão explica que a tecnologia garante que a fruta não sofra "alteração organoléptica, de sabor, cor, textura ou outra consequência para o consumo humano”. Para o diretor, a irradiação é um trunfo para o mercado brasileiro.

“O grande diferencial dessa tecnologia é a exportação. Nós vamos ter chance de atingir mercados muito mais distantes que até então não conseguíamos por conta da perecibilidade das frutas”, afirma.

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Em webinar realizado na última terça-feira (28/7) com participação da Abrafrutas, a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, destacou a importância do processo. “É um assunto que eu gosto, é muito interessante e precisa ser levado à frente. Queremos estar alinhados com vocês (associações do setor) para encurtar o caminho e os processos”, declarou a ministra.

Também durante o evento, o secretário executivo do Ministério da Agricultura, Marcos Montes, citou outro ponto positivo da irradiação: evitar o desperdício de alimentos. Segundo a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), um terço dos alimentos produzidos no mundo é perdido ou desperdiçado a cada ano.

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Em busca de investidores

De acordo com a Abrafrutas, a ideia de usar a irradição partiu do governo federal, que convidou a associação para participar do projeto de implantação da tecnologia no Brasil. 

Um dos limitantes é o custo da tecnologia nuclear, que é muito alto. Então, devemos buscar investidores dentro ou fora do Brasil que tenham interesse em instalar irradiadores em áreas específicas

Eduardo Brandão, diretor executivo da Abrafrutas

O diretor-executivo afirma que o objetivo é mostrar que o Brasil tem produtos suficientes para irradiar e difundir a tecnologia entre produtores e consumidores para que o setor possa dar "um passo à frente" e se igualar a grandes países já adotam o recurso.
Source: Rural

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