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(Foto: Globo)

 

A operação feita por autoridades fitossanitárias argentinas para combater a nuvem de gafanhotos, no último fim de semana, deve impedir o reagrupamento dos insetos e novos deslocamentos, evitando dano a propriedades rurais e, possivelmente, a entrada no Brasil e no Uruguai.

A estimativa do Serviço Nacional de Sanidade e Qualidade Agroalimentar da Argentina (Senasa) é que entre 85% a 87% dos gafanhotos tenham sido eliminados na cidade de Federación, na província de Entre Ríos – cerca de 350 milhões de insetos.

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Com isso, a leitura de especialistas é que cai de maneira “significativa” o risco imediato com os gafanhotos remanescentes, que permanecem a 98 quilômetros do Brasil e a 20 quilômetros da fronteira com o Uruguai, mas de forma “isolada”.

"Segundo as informações do Senasa, os técnicos tiveram sucesso nesse controle, tanto aéreo quanto terrestre e, aparentemente, romperam a formação de nuvem. Neste sentido, os insetos remanescentes perderam a capacidade gregária e os feromônios para isso, tendo em vista o controle populacional", afirmou o chefe da Divisão de Defesa Sanitária Vegetal da Agricultura do Rio Grande do Sul, Ricardo Felicetti.

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Ele ainda destacou que, "com relação a essa nuvem, nós podemos ficar mais tranquilos". Para o pesquisador da Embrapa Clima Temperado, Dori Edson Navas, a ofensiva argentina foi bem sucedida. "Qualquer controle acima de 80% é de sucesso. Além disso, de alguma forma, os insetos vivos também sofreram os impactos da aplicação", ressalta.

Segundo Navas, a continuidade do monitoramento nos próximos dias, anunciada pelo Senasa, será importante para evitar a formação e novos focos, bem como eliminar os insetos remanescentes.

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(Foto: Senasa/Divulgação)

 

Para o entomologista da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Jerson Carús Guedes, agora o risco de dano é muito menor. "O bicho tem um comportamento dependente da densidade, e a densidade faz ele levantar voo. Mas o controle foi muito severo, não há uma quantidade significativa de gafanhotos", destaca.

No entanto, Guedes pondera que é importante manter o alerta por conta da capacidade de oviposição das fêmeas, que pode chegar a 120 ovos em um único dia. "Esses pontos por onde a nuvem passou são regiões úmidas e podem gerar novas ninfas em 21 dias", completou.

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Source: Rural

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