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(Foto: Senasa/Divulgação)

 

Autoridades argentinas reduziram o tamanho da nuvem de gafanhotos após uma aplicação terrestre com químicos na quinta-feira (23/7) em Federación, cidade da província de Entre Ríos, a 20 quilômetros do Uruguai e a cerca de 98 quilômetros de Barra do Quaraí (RS) – a menor distância para o Brasil desde os primeiros alertas, em maio.

O Serviço Nacional de Sanidade e Qualidade Agroalimentar da Argentina (Senasa) informou que estava programada uma aplicação aérea durante o dia, o que acabou não ocorrendo devido às condições climáticas. 

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Existe a possibilidade dos aviões serem utilizados neste sábado (25/7) para conter a nuvem. No entanto, com o deslocamento dos insetos da cidade de Curuzú Cuatiá, na província de Corrientes, para Federación, em Entre Ríos, a preocupação é que uma aplicação aérea com químicos possa colocar em risco o meio ambiente e a saúde da comunidade local.

“O controle da praga é complexo, devido a fatores que condicionam a possibilidade de realização de tratamentos: seu deslocamento e grande poder de voo, os locais de difícil acesso onde costuma assentar e a existência de uma população próxima, cursos d'água e colmeias”, afirmou o Senasa. A área é também conhecida pela produção de citros, o que pode potencializar o dano com os gafanhotos.

(Foto: Senasa/Divulgação)

 

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Os técnicos da Argentina pontuam, ainda, que a nuvem de gafanhotos próxima do Brasil e do Uruguai foi reduzida em um terço desde maio, quando chegou ao país. O Senasa realizou diversas operações terrestres e duas aplicações fitossanitárias com o auxílio de aeronaves.

“Ao entrar em nosso país, a nuvem ocupava aproximadamente 15 km². Agora, tem cerca de 10 km², graças aos controles nas províncias de Santa Fé e Corrientes, quando as condições climáticas e ambientais o permitiam”, disse a agência governamental argentina. Nesta sexta-feira (24/7), técnicos farão novas buscas pela outra nuvem que ingressou pelo norte do país nesta semana, vinda do Paraguai.

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No Brasil, o Ministério da Agricultura deve liberar nos próximos dias R$ 600 mil para o governo do Rio Grande do Sul para prevenir e combater a nuvem caso os gafanhotos entrem no Estado. O recurso seria usado para comprar produtos fitossanitários para 21 dias de tratamento.

Na quinta-feira (24/7), representantes da pasta fizeram uma videoconferência com o governo gaúcho para tratar das medidas de combate aos gafanhotos. A Secretaria da Agricultura do RS deve publicar ainda nesta sexta uma portaria estabelecendo o Plano Estadual de Controle de Gafanhotos.

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O chefe da Divisão de Defesa Sanitária Vegetal da Agricultura do Rio Grande do Sul, Ricardo Felicetti, disse que já há plano emergencial de supressão estabelecido. “Atualmente, está na fase de vigilância e monitoramento, atuando na obtenção e geração de informações sobre a nuvem no país vizinho, juntamente com o esclarecimento aos produtores, bem como vigilância a campo”, afirmou.
Source: Rural

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