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Nuvem de gafanhotos que atinge Argentina ficou mais próxima do Brasil e do Uruguai (Foto: Senasa/Divulgação)

 

Em decorrência de temperaturas elevadas no último final de semana, a nuvem de gafanhotos presente na Argentina se deslocou da cidade de Curuzú Cuatiá, na província de Corrientes, para San José de Feliciano, na província de Entre Ríos, área mais ao sul do País, próxima do Uruguai. (veja mapa abaixo)

“A nuvem entrou na província de Entre Ríos, como previsto na sexta-feira (17/7). Devido às altas temperaturas, o movimento da praga foi realizado até depois do pôr do sol, a estimativa é que estabeleceu-se a cerca de 3 km a leste de San José de Feliciano”, afirmou o Serviço Nacional de Sanidade e Qualidade Agroalimentar da Argentina (Senasa) no domingo (19/7).

Segundo informações da agência governamental argentina enviadas à Secretaria da Agricultura do Rio Grande do Sul, a nuvem teria se deslocado 33 quilômetros para o sul no sábado (18/7) e outros 51 quilômetros na mesma direção no domingo (19/7). Com isso, a estimativa é que os gafanhotos estejam a 112 quilômetros de Barra do Quaraí (RS), município na região fronteiriça com o País vizinho. É a menor distância desde os primeiros alertas emitidos no final de maio.

Nas últimas semanas, técnicos do Senasa vêm enfrentando dificuldades para localizar a nuvem por conta dos locais de difícil acesso onde os gafanhotos costumam repousar, como matas de vegetação fechada. Por outro lado, a frente fria e a chuva nos últimos dias ajudaram a conter o deslocamento do inseto.

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A nova movimentação mantém o estado de alerta nas autoridades fitossanitárias brasileiras. "O ingresso no Estado do Rio Grande do Sul depende da temperatura e da direção do vento e deslocamento do dia anterior. Seguimos sob risco, sim. Mas temos que avaliar dia a dia", afirmou Juliano Ritter, fiscal agropecuário da Secretaria de Agricultura do RS na região da fronteira oeste.

Para esta semana, o Serviço Meteorológico Nacional da Argentina prevê temperaturas mais altas em Sauce, cidade a 38 quilômetros de San José Feliciano.

O clima deve manter-se mais quente entre segunda a quarta-feira (20/7 a 22/7), quando a temperatura pode chegar a 29ºC. O cenário começa a mudar a partir da quinta-feira (23/7), e, para o próximo final de semana, a previsão é de uma nova queda na temperatura, com estimativas entre 5°C a 17°C.

Segundo o Senasa, o alerta continua no sul de Corrientes, dada a possibilidade de as populações de gafanhotos permanecerem na área nas próximas semanas.

Mais uma nuvem

Na manhã desta segunda-feira (20/7), o Senasa reportou ter encontrado mais uma nuvem de gafanhotos na cidade de Guadalcázar, na província de Formosa, no norte da Argentina. A cidade argentina faz fronteira com o Paraguai, local onde os insetos teriam surgido.

"Nossas equipes detectaram uma nova nuvem de gafanhotos na Rota Nacional 1789 de Guadalcázar, na província de Corrientes. A mesma havia ingressado do Paraguai", afirmou a agência governamental.

Esse não é a mesmo grupo de gafanhotos reportado pelo Serviço Nacional de Qualidade e Sanidade Vegetal e de Sementes do Paraguai (Senave) na última semana, na região do Parque Nacional Defensores del Chaco. Trata-se da segunda nuvem em menos de 10 dias surgida no Paraguai.

Com a nova informação, já são três nuvens de gafanhotos na região entre Paraguai e Argentina, o que acende ainda mais o alerta nas autoridades fitossanitárias brasileiras e dos países vizinhos para um cenário generalizado de sucessivas ondas da praga na região. O receio é que os gafanhotos possam prejudicar as área agrícolas de Bolívia, Paraguai, Argentina, Brasil e Uruguai.

(Foto: Senasa/Argentina)

 
Source: Rural

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