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São Paulo registrou exportação recorde de carne bovina no mês de junho (Foto: Getty Images)

 

A Secretaria de Agricultura de São Paulo divulgou nesta quinta-feira (16/7) os resultados do diagnóstico do mês de junho para o agronegócio paulista. O relatório aponta que houve recorde de exportações de carne bovina e um aumento considerável na demanda por frangos.

No período apurado , o preço médio do boi gordo em São Paulo acumulou uma alta de 5,3% nos últimos 30 dias e forte valorização nominal, de 44,3%, nos últimos 12 meses. A sustentação dos preços, mesmo com consumo interno enfraquecido, é justificada pela baixa oferta de bovinos e pela demanda aquecida pela carne brasileira no mercado internacional, segundo a FinPec. Em curto prazo, a oferta restrita de bovinos em todo o País se manterá como principal fator de sustentação do preço.

Em junho, as exportações de carne bovina, in natura e processada, atingiram o recorde de 172,3 mil toneladas, alta de 28% em relação ao mesmo período do ano passado. O destaque continuou a ser a China, que respondeu por 57% das exportações brasileiras de carne bovina no 1º semestre de 2020.

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As cotações do frango vivo subiram nos últimos 30 dias, devido a menor produção e demanda doméstica aquecida. As medidas de ajuste da produção por parte tanto da indústria quanto de produtores no 1º semestre de 2020 se mostraram eficientes em conter desvalorizações, fazendo com que a carne de frango chegasse na estabilidade entre oferta e demanda.

Com aumento na demanda interna, as vendas externas brasileiras de carne de frango (in natura e processada) totalizaram 320,8 mil toneladas em junho, recuo de 13,2% na comparação com junho/2019.

Em junho, também houve alta nos preços médios do suíno vivo. Segundo a CNA, após semanas seguidas de altas representativas, o mercado da suinocultura independente apresenta preços estáveis em diversas bolsas de mercadorias do País. Isso se explica, principalmente, pela diminuição do consumo de embutidos por parte da população que migrou para a carne de frango. No total, foram exportadas 87 mil toneladas de carne suína (in natura e processada) em junho de 2020, aumento de 53,9% em relação a junho de 2019.

Veja o desempenho de outros setores do agronegócio paulista:

A demanda pelo serviço de transporte rodoviário de carga, embora ainda se mantendo em queda, registra recuos menores chegando ao final da 2ª quinzena de junho em -34,1%.

O setor de Food Service continua registrando redução do faturamento, tendo encerrado o mês de junho com recuo de 48%. O setor de bares e restaurantes continua sendo muito afetado pela crise, com queda de faturamento médio anual acumulado, em relação ao mesmo período em 2019, e encerrou o mês de junho na marca de -61,3%. Já o setor de supermercados e

hipermercados continua registrando aumento de faturamento médio anual acumulado, em relação ao mesmo período em 2019, da ordem de +15,8%.

Outros segmentos destacados no relatório são:

Ovos

Em junho os preços dos ovos caíram para o segundo menor patamar do ano, atrás somente do registrado em janeiro. Apesar da retração nas vendas e, consequentemente, nos preços, a expectativa de agentes do setor é redução na produção e valorização do produto nas próximas semanas.

Café

As atividades da colheita da safra 2020/2021 seguem sem grandes impactos em decorrência da pandemia. Até o final de junho, a safra de café (arábica e conilon) se aproximou de 50% do volume colhido. Apesar dos questionamentos em relação à redução do consumo, o mercado reage diante das previsões de geadas para as regiões produtoras do Brasil e acumula altas na semana.

Lácteos

O índice de preço do leite pago aos produtores no mês de julho aponta um aumento médio de 12,9%, valorização que reflete a alta demanda e consumo de produtos lácteos nas últimas semanas.

Frutas

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) registra que o setor de frutas espera um ritmo de exportações para União Europeia perto do normal nas próximas semanas, em decorrência da retomada das atividades no continente europeu.

Flores e plantas ornamentais

O setor de flores de vaso deve recuperar as vendas com a reabertura dos centros de comercialização nas principais capitais, de acordo com a CNA. O segmento de flores de corte continua com a demanda restrita aos clientes de floriculturas e Garden Centers e as vendas atualmente respondem por 40% do volume comercializado antes da pandemia.
Source: Rural

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